ANÁLISE MORFODINÂMICA DA BACIA DO ALTO CURSO DO RIO TAPEROÁ (PB)

Autores

  • Saulo Roberto de Oliveira Vital UEPB/UFPE
  • Osvaldo Girão

Palavras-chave:

morfodinâmica, erosão, degradação, Bacia do alto Taperoá (PB).

Resumo

A visão morfodinâmica da paisagem é uma importante ferramenta conceitual que pode fornecer dados consistentes acerca dos processos geomorfológicos e do nível de degradação da paisagem. O objetivo deste artigo consiste em analisar as principais variáveis condicionantes dos processos erosivos e deposicionais na bacia do alto Taperoá (PB), levando em consideração os impactos gerados sobre a estrutura da paisagem e criadores de morfologias erosivas e deposicionais, com base no resgate da dinâmica geomorfológica e do uso e ocupação da área. A partir da análise dos dados gerados pela pesquisa, percebeu-se que a bacia do alto Taperoá encontra-se sob condições de forte controle tectônico, exibindo formas hierarquizadas a partir da distribuição litológica e das estruturas deformacionais a elas associadas, nitidamente controladas por zonas de cisalhamento mesoproterozóicas. Esta característica natural controla, até certo ponto, a distribuição das áreas fortemente instáveis na área de estudo, que se encontram atreladas às escarpas controladas por falhas, além das regiões de cimeira. Ademais, notou-se que o uso do solo tem gerado significativas parcelas fortemente instáveis nas regiões do plaino aluvial, totalizando cerca de 5% da área total da bacia. Do mesmo modo os 35% de áreas intergrades representam um risco potencial à erosão nas áreas do pedimento rochoso, sendo possivelmente um dos principais responsáveis pelo aumento na produção de sedimentos. Por fim, os 65% de áreas estáveis indicaram para esta bacia uma relativa situação de preservação, sem, no entanto, apontar para um quadro de despreocupação.

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Biografia do Autor

Saulo Roberto de Oliveira Vital, UEPB/UFPE

Possui graduação em Geografia (Bacharelado) pela Universidade Federal da Paraíba (2009) e mestrado em Geografia (Geografia Física Aplicada) pela Universidade Federal de Pernambuco (2011). Atualmente é professor substituto da Universidade Estadual da Paraíba, onde leciona as componentes curriculares da área de Geociências, e doutorando vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Geociências (área de concentração: Geologia Sedimentar e Ambiental), da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geomorfologia e Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: sensoriamento remoto, mapeamento geomorfológico, erosão, uso da terra e degradação da paisagem, análise geoambiental, geologia e geomorfologia de terrenos cársticos.

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Publicado

2015-05-31

Edição

Seção

Artigos