EXPANSÃO DO AGROHIDRONEGÓCIO CANAVIEIRO NO PONTAL DO PARANAPANEMA E IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE DOS ASSENTADOS
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2017v11n2.36701Palavras-chave:
agrohidronegócio canavieiro, processo saúde-doença, assentamentos rurais, Pontal do Paranapanema.Resumo
O Pontal do Paranapanema é um território composto por terras devolutas e griladas fonte de disputas entre latifundiários, grupos empresariais do agrohidronegócio canavieiro e movimentos de luta pela reforma agrária. O processo recente de expansão da atividade sucroalcooleira na região levou ao “cercamento”, pelos canaviais, dos assentamentos ali existentes. Como consequência desse processo os assentados denunciam a ocorrência de intoxicação da população e prejuízos na produção pela aplicação de agrotóxicos por via aérea. Quando a renda obtida no lote é insuficiente para a reprodução familiar e para o melhoramento da atividade agrícola desenvolvida, os assentados buscam emprego no setor canavieiro. Como atualmente o processo de colheita da cana encontra-se em fase avançada de mecanização, eles podem atuar nas mais variadas funções: como tratoristas, operadores de colhedeiras, motoristas, dentre outros. Esse artigo visa compreender algumas repercussões da expansão do agrohidronegócio canavieiro na produção e na saúde das famílias assentadas que vivem praticamente “cercadas” pela monocultura na região do Pontal de Paranapanema e demonstrar como a forma de inserção dos trabalhadores em novas funções do processo produtivo canavieiro pode contribuir para seu adoecimento. Para tanto se utilizou a pesquisa bibliográfica, a análise do conteúdo de entrevistas realizadas pela equipe do Centro de Estudos sobre Trabalho Ambiente e Saúde (CETAS) e o exemplo de caso de um trabalhador assentado agregado1, que já passou por inúmeras experiências de trabalho no setor canavieiro.Downloads
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Publicado
2017-12-27
Edição
Seção
Artigos