GEODIVERSIDADE, GEOCONSERVAÇÃO E GEOTURISMO: UMA DISCUSSÃO SOBRE A VALORAÇÃO E A CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO NATURAL

Resumo

RESUMO Ao longo da história do pensamento filosófico, o conceito de natureza foi interpretado de diversas maneiras. No ocidente, a gênese deste surgiu na Grécia Antiga, no entanto, o seu desenvolvimento não ficou restrito ao “Mundo Grego”, tendo se difundido por diversas regiões do planeta e em diferentes momentos históricos. No século XIX, em oposição à concepção positivista, que contribuiu para o distanciamento do ser humano da natureza, Marx ofereceu uma alternativa para a interpretação do conceito. Segundo Marx a natureza e o ser humano não devem ser separados, pois a atividade social se relaciona material e ideologicamente com a mesma. Tal interpretação influenciou diversos pensadores, inclusive o geógrafo brasileiro Milton Santos, que trabalhou com o conceito. A exploração dos elementos naturais, tais como: água, solos, minerais, entre outros, tem sido realizada pelo ser humano desde a antiguidade, no entanto, a partir do século XX, em especial, após a década de 1970, parte da comunidade científica, preocupada com a degradação destes elementos, notadamente aqueles de excepcional valor científico, educacional e estético, passou a discutir a sua patrimonialização, com uma ênfase maior na proteção dos seres vivos (Biodiversidade) do que dos elementos não vivos (Geodiversidade). Na década de 1990, alguns pesquisadores, dentre eles: Murray Gray, Chris Sharples, entre outros, preocupados com a degradação dos elementos não vivos, passaram a desenvolver pesquisas para sensibilizar outros pesquisadores e a população em geral sobre a necessidade de sua divulgação, valoração e conservação, criando o trinômio Geodiversidade, Geoconservação e Geoturismo. Assim, o objetivo desta pesquisa é a discussão destes conceitos, evidenciando a evolução, interpretação e a relação entre os mesmos. Palavras-chave: Geodiversidade, Geoconservação, Geoturismo.