ATIVIDADE BONELEIRA NO SERIDÓ POTIGUAR: O USO DO TERRITÓRIO DE SERRA NEGRA DO NORTE-RN EM EVIDÊNCIA

Autores

  • Irami Rodrigues Monteiro Júnior UFPB
  • Anieres Barbosa Silva UFPB

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2021v15n2.63531

Resumo

Fazer a leitura do território, do ponto de vista do desenvolvimento das atividades econômicas, no período da globalização, é uma tarefa complexa, uma vez que novos paradigmas estão postos, novas dinâmicas são sentidas e novas configurações territoriais observadas. Nesse propósito, o artigo em tela tem por objetivo compreender as formas articuladas, dinâmicas e contraditórias do território usado de Serra Negra do Norte pela atividade boneleira, uma vez que esse município tem se destacado na produção de bonés. Em 2020 foram produzidos aproximadamente 27.280.000 unidades. Para que esse objetivo fosse alcançado, alguns procedimentos metodológicos de pesquisa foram utilizados para o desenvolvimento do estudo, os quais foram divididos em três etapas: revisão da literatura, coleta de dados, análise e interpretação dos dados. Na região do Seridó Potiguar, e notadamente no município de Serra Negra, a indústria têxtil boneleira ganhou uma identidade característica e peculiar de uma sociedade que, na transição do rural para o urbano, buscou meios para adequar-se a nova realidade da globalização. Nesse processo, a atividade boneleira no município de Serra Negra do Norte é norteada pela seletividade produtiva, que é dinâmica, dialética e contraditória, a qual assentou a divisão social do trabalho. Concluímos que a que a atividade boneleira em Serra Negra do Norte estabeleceu todas as singularidades entre o território e a produção de bonés, e que esta produção tem extrapolado fronteiras para os municípios paraibanos de Paulista e Malta. Esse movimento de algumas empresas de levar novas unidades para municípios de outros estados nordestinos tem como objetivo atingir novos territórios para ampliar sua produção e mercado consumidor, além da busca por incentivos fiscais que são destinados por prefeituras municipais.

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Publicado

2022-06-29

Edição

Seção

Artigos