UMA BREVE DISCUSSÃO SOBRE O CAMPESINATO COMO CLASSE SOCIAL

Autores

  • Rômulo Luiz Silva Panta Universidade Federal da Paraíba
  • Ivan Targino Moreira Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2021v15n1.63722

Resumo

Uma das discussões proeminentes quanto à posição do campesinato no modo de produção capitalista, bem como seu papel enquanto sujeito, se dá em relação a sua compreensão como classe social. A compreensão marxista sobre a composição das classes sociais se estrutura, fundamentalmente, em duas: a burguesia e o proletariado, sendo a primeira caracterizada pelos possuidores dos meios de produção e a segunda caracterizada pelos despossuídos. Contudo, o campesinato enquanto sujeito social não se encaixa na linearidade da compreensão ortodoxa marxista. Ele tanto se distância das pautas, dos interesses e do corpus econômicos dos proprietários de terra, como também, não se conforma enquanto classe trabalhadora pura e simples, devido ao trabalho familiar na terra não ser retribuído. Suas pautas sociológicas e econômicas se direcionam no sentido de garantir a sobrevivência familiar, mas, não descolada da formação social vigente, pois ele se intercambia reiteradamente com ela, ora se recriando, ora sendo repelido. Assim, o campesinato perpassa historicamente, resistindo e existindo enquanto classe em sua peculiaridade. Como perspectiva metodológica, privilegiamos a análise interpretativa baseada no materialismo histórico e dialético na tentativa de trazer respostas mais significativas às discussões e contradições que envolvem o campesinato enquanto sujeito.

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Publicado

2022-07-16

Edição

Seção

Artigos