AGRONEGÓCIO E COVID-19: UMA ANÁLISE DO (DES) EMPREGO NO AGROPOLO PETROLINA - PE
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2023v17n2.65374Resumo
O aumento da produção e produtividade pelas grandes corporações do agronegócio revela que embora a fruticultura, especialmente, em Petrolina, seja celebrada como moderna atividade econômica e geradora de empregos no semiárido brasileiro, mesmo com a pandemia da Covid-19, há, na verdade, a manifestação da essência - diminuição na produção de alimentos e alto número de desempregados. Nesse sentido, o estudo se desenvolveu no Agropolo Petrolina-PE, cujo objetivo consistiu em compreender o agronegócio em Petrolina - PE como gerador de riqueza pela alta produção e produtividade para atender à escala – local, nacional e, principalmente, a global, ao tempo que repercute em um alto índice de fome e desemprego, via expropriação da terra, do trabalho como valor de uso, dos alimentos saudáveis, da vida. Os caminhos metodológicos partiram-se desde: organização de pesquisa bibliográfica, consulta de sites concernente ao conteúdo para melhor entendimento dos dados no aspecto quantitativos/qualitativos. Como resultados, constatou-se que a expansão do agronegócio, a partir da fruticultura irrigada no Agropolo em estudo, tem beneficiado amplamente as grandes redes de supermercados que controlam a indústria de alimentos transformados em commodites em detrimento da alimentação dos trabalhadores e trabalhadoras. Conclui-se que o modelo agroalimentar sustentado pelas grandes corporações não diminui o desemprego e a fome no Agropolo, ao contrário, em tempos de pandemia, intensificou o número de trabalhadores contratados temporariamente já que o agronegócio era o único setor em expansão na pandemia.