Autores
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Daisy Beserra Lucena
Universidade Federal da Paraíba - UFPB
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Camila Cunico
Universidade Federal da Paraíba - UFPB
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Marcelo de Oliveira Moura
Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Resumo
O artigo tem como objetivo analisar o Índice de Risco de Desastre Climático (IRDC) para o estado da Paraíba, considerando os diferentes graus de vulnerabilidade socioambiental e as áreas suscetíveis a seca e a estiagem, para o recorte temporal de 1994 a 2018. Utilizaram-se dados de chuvas diárias obtidas da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba, informações socioeconômicas e de infraestrutura do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e registros dos desastres a partir dos decretos de reconhecimento inventariados no site do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Os dados foram organizados em um banco de dados georreferenciados para a construção das temáticas necessárias para a elaboração do IRDC, ou seja, a suscetibilidade a seca e os desastres climáticos. Para tanto, foi necessária a normatização das variáveis, tendo em vista que possuem diferentes unidades de mensuração. Para análise integrada, realizou-se a combinação geoespacial da vulnerabilidade social; da suscetibilidade a seca e a estiagem; e a frequência de registros de desastres de origem climática (seca e estiagem) nas regiões pluviometricamente homogêneas do estado. Os resultados obtidos indicam que 20% dos municípios paraibanos encontra-se sob a condição de muito alto IRDC, que quando acrescidos da classe alta, esse percentual totaliza 42% dos municípios (93 municípios), concentrados, espacialmente, na porção mais central do território (regiões do Cariri e do Curimataú paraibano) e, afetando 23% da população do estado. Esses municípios apresentam condições similares, tais como: o número elevado de dias secos consecutivos, condições econômicas restritivas, que prejudicam a equidade social e intensificam a vulnerabilidade. A identificação do IRDC ao nível municipal deve ser compreendida como insumo para a gestão dos riscos ambientais e para a ampliação da cultura de redução desses riscos por meio de ações que possam ser desenvolvidas por setores da sociedade civil e pelos governos municipais e estaduais.
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Biografia do Autor
Daisy Beserra Lucena, Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Bacharela em Meteorologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestra em Meteorologia pelo Programa de Pós-Graduação em Meteorologia da UFPB. Doutora em Meteorologia pelo Programa de Pós-Graduação em Meteorologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Professora Associada do Departamento de Geociências (DGEOC -UFPB). Professora do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPB. Vice- -líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Física e Dinâmicas Socioambientais (GEOFISA) da UFPB. Integrante do Laboratório de Climatologia Geográfica (CLIMAGEO) da UFPB.
Camila Cunico, Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Licenciada e bacharela em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutora e Mestra em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPR. Professora Adjunta do Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba (DGEOC-UFPB). Professora do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPB. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Física e Dinâmicas Socioambientais (GEOFISA) da UFPB. Integrante do Laboratório de Climatologia Geográfica (CLIMAGEO) da UFPB.
Marcelo de Oliveira Moura, Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Licenciado e bacharel em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutor e Mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFC. Professor do Departamento de Geociências e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Coordenador do Laboratório de Climatologia Geográfica (CLIMAGEO) da UFPB. Pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Física e Dinâmicas Socioambientais (GEOFISA) da UFPB.
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