A IMPORTÂNCIA DOS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS NO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CUIÁ NA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB

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DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2023v17n2.68253

Resumo

O modelo de desenvolvimento capitalista em nossa sociedade atualmente é responsável por diversos processos de degradação no meio ambiente, como a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, aumento da escassez de água potável, degradação do solo etc. Diante desse panorama, enfatiza-se as áreas verdes urbanas, tais como praças e parques, por permitirem um equilíbrio no meio urbano a partir da presença de elementos naturais (e.g. vegetação), responsáveis pela prestação dos chamados Serviços Ecossistêmicos (SE). Nesse sentido, este estudo se propõe a identificar os SE de regulação climática, de provisão e os potenciais serviços culturais promovidos pelo Parque Natural Municipal do Cuiá localizado na zona sul da cidade de João Pessoa-PB. Para o monitoramento do SE de regulação climática na área de estudo foram instalados três termo-higrômetros no  parque, programados para operar no período de 11 de março a 13 de abril de 2022, visando o monitoramento das variáveis temperatura e umidade do ar na escala horária. Para o monitoramento do SE de provisão realizou-se uma pesquisa sobre as espécies existentes no parque, sobretudo as espécies medicinais e frutíferas, utilizando-se como fonte principal a Lista de Espécies da Flora do Brasil do ano de 2020 e a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS). Para a análise dos SE culturais foi necessária uma adaptação, tendo sido analisada a proposta de zoneamento e instalação dos equipamentos de lazer realizado pela Prefeitura de João Pessoa. Nesse sentido, constatou-se que o Parque Cuiá é vital para a qualidade ambiental da região, pois estabelece uma relação direta entre as necessidades das espécies e o funcionamento do ecossistema, além de prestar importantes SE, denotando a relevância da vegetação e seu papel fundamental na regulação do clima, na provisão de espécies frutíferas e medicinais e o valor cultural (em potencial) à população. Por fim, reitera-se a necessidade do comprometimento do órgão ambiental responsável pela implantação do parque, uma vez que a oferta de SE depende de infraestrutura adequada, além da necessidade de um planejamento e um plano de ação eficazes de forma a pensar nos efeitos da urbanização do entorno.

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Biografia do Autor

Joel Silva dos Santos, Universidade Federal da Paraíba

Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal da Paraíba (PRODEMA/UFPB); Doutor em Recursos Naturais pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Universidade Federal de Campina Grande (PPGRN/UFCG). Foi professor do curso de Gestão Ambiental da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN/2007-2008) e do curso de Ecologia da UFPB/Campus IV (2008-2021). Atualmente é professor Associado II da UFPB/Campus I vinculado ao Departamento de Geociências do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (DGEOC/CCEN/UFPB) e Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFPB). Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa: Clima Urbano e Recursos Naturais cadastrado no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq). Coordenador do Laboratório e Oficina de Geografia da Paraíba/LOGEPA/UFPB. Tem experiência nas seguintes áreas do conhecimento, GEOGRAFIA e CIÊNCIAS AMBIENTAIS, atuando em atividades de ensino, pesquisa e extensão nas linhas temáticas: Geografia e Meio Ambiente com ênfase em Ecologia Política e Epistemologia da Ciência Geográfica e Ambiental; Ecologia Urbana com ênfase em Áreas Verdes Urbanas e Serviços Ecossistêmicos e Climatologia Geográfica com ênfase em Climatologia Urbana e Bioclimatologia Humana.

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Publicado

2023-12-31

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Artigos