“BOTANDO A BASE”: corpo racializado e performance da masculinidade no pagode baiano
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2017v1n47.36662Resumo
Neste artigo, faremos uma breve apresentação do Projeto Brincadeira de Negão, seus pressupostos teóricos, sua metodologia e uma pequena mostra de seus primeiros resultados etnográficos. Estamos trabalhando na região do Recôncavo da Bahia, nas cidades de Cachoeira/São Félix, em uma escola pública, com jovens estudantes entre 14 e 24 anos. Buscaremos aqui descrever a postura corporal (performance) “botando a base” e seus significados correlatos no universo em questão, marcado reflexivamente pela relação dos sujeitos com a cultura popular, notadamente o chamado Pagode Baiano. Diríamos que o “botar a base” aparece como: 1) uma performance (no sentido discutido tanto por Diana Taylor quanto por Victor Turner) do cotidiano no plano das interações interpessoais; 2) uma estilização dessa performance atualizada como modo de dançar na “agitação” do pagode; 3) uma síntese – “estrutura de sentimento” – da postura masculina, corporal, destemida e associada à favela e aos seus códigos culturais próprios. Na circulação entre esses diferentes registros culturais – que se interpretam reciprocamente – o significado da postura parece se realizar. Palavras-chave:Masculinidade. Escola Pública. Pagode. Baiano. Performance.Downloads
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Publicado
07.03.2018
Como Citar
Pinho, O. (2018). “BOTANDO A BASE”: corpo racializado e performance da masculinidade no pagode baiano. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(47), 39–56. https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2017v1n47.36662
Edição
Seção
Nº 47 - O CORPO NA PESQUISA SOCIAL