O CELPE-BRAS NA VISÃO DA COORDENADORA DE UM CURSO DE PORTUGUÊS PARA CANDIDATOS AO PEC-G
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2021v16n2.58710Palavras-chave:
Celpe-Bras, PEC-G, Política linguística, Mecanismo, ImpactoResumo
O Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) foi adotado como requisito para o ingresso de alunos estrangeiros em Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras através do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). Considerando essa relação entre o exame o convênio, o objetivo do artigo é discutir como o Celpe-Bras atua como um mecanismo de política linguística e quais os seus impactos para os agentes envolvidos em um curso de português para candidatos ao PEC-G, na visão da coordenadora desse curso. O estudo fundamenta-se no conceito de mecanismos de política linguística (SHOHAMY, 2006) e na revisão de literatura que aborda os usos dos testes e suas consequências na sociedade (MENKEN, 2017; SHOHAMY, 2017). A metodologia de pesquisa é qualitativo-interpretativista (LIN, 2015), com geração de dados por meio de entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados à luz da concepção sociocognitivo-interacionista de texto e da análise do conteúdo temático, da seleção lexical e da materialidade textual. A discussão apontou que o Celpe-Bras funciona como um mecanismo de política linguística e tem impactos na identidade dos alunos e professores, na agência dos estudantes e nas atribuições profissionais da coordenadora.