UMA ANÁLISE EM POLÍTICA LINGUÍSTICA DO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA CRÍTICA E DE PRÁTICAS TRANSCULTURAIS EM UM CONTEXTO ESTADUNIDENSE
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2021v16n1.58581Palabras clave:
Política Linguística, Português como língua adicional (PLA), Línguas críticas, Agência docente, TransculturalidadeResumen
De acordo com Shohamy (2006, p. xv-xvi), a “[p]olítica linguística [...] precisa ser entendida por uma perspectiva mais ampla, que envolva mecanismos, políticas e práticas, assim como o conjunto de negociações, conversas e batalhas que ocorrem entre eles.” Nesse sentido, pretendo apresentar uma análise de uma política linguística de ensino de português como língua adicional (PLA) a partir de algumas de suas multifaces: desde a mais formal e explícita até a(s) mais implícita(s), construída(s) em práticas linguísticas em sala de aula. Em outras palavras, apresentarei um contexto de ensino de PLA em que, por um lado, o português é considerado uma língua crítica para o governo norte-americano, enquanto, por outro lado, a língua se constitui em práticas de poesia nipo-brasileira nas atividades em aula. Desse modo, o intuito do trabalho é problematizar essas políticas linguísticas não só como mecanismos de poder estatal, mas como práticas linguísticas e transculturais, nas quais o(a) professor(a) é agente das políticas e não apenas uma peça do mecanismo. Para isso, a partir da Política Linguística como campo de atividades (RAJAGOPALAN, 2013), são analisadas algumas informações sobre o contexto em que a pesquisa ocorre, bem como alguns resultados de trabalhos realizados em sala de aula e publicados em uma revista cultural. Por fim, além de compartilhar materiais didáticos, anseio proporcionar reflexões sobre a agência docente (PRIESTLEY; BIESTA; ROBINSON, 2015) como parte dessas políticas linguísticas.