Compartilhando a democracia: o papel das mídias sociais no processo de securitização da Primavera Árabe
Resumo
Iniciados em 2010, os eventos revoltosos nos países do norte da África e do Oriente Médio culminaram na chamada Revolução de Jasmim, ou Primavera Árabe. Um possível resultado de uma “nova globalização”, essas revoltas populares ocorreram em países islâmicos e ditatoriais, e, através das mídias sociais, a população oprimida adquiriu forças para ir às ruas. A utilização do Facebook, do Twitter e do Youtube, se mostra relevante em páginas como “We are all Khaled Said” e em contas como “Free Egypt”, que se tornaram ferramentas de comunicação para conscientizar e reunir os indivíduos insatisfeitos com seus governos. Os levantes árabes resultaram muitas vezes em conflitos civis, enquadrando a questão sob ótica de segurança nas agendas nacionais e internacionais. Neste sentido, ao analisarmos essas revoltas por intermédio do escopo da teoria da Escola de Copenhague, percebe-se que as mídias sociais deram voz à uma camada até então marginalizada – quando nos referimos ao processo de securitização. Este artigo pretende estudar o caso do Egito e da Líbia nas manifestações da Primavera Árabe e analisar como as mídias sociais corroboraram para o seu acontecimento.Downloads
Referências
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