A INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA NA AMÉRICA DO SUL: uma análise das políticas de integração energética promovidas no Mercosul e na Unasul

Autores

  • Heitor Pergher Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

A integração energética na América do Sul não é um fenômeno recente. Na verdade, esse processo pode ser remetido para fins da década de 1960, momento em que os países do Cone Sul começaram a negociar, de forma compartilhada, as capacidades energéticas da Bacia do Prata. Desde então, a região foi palco da execução de importantes projetos, como a Usina Binacional de Itaipu, a Usina de Yacyretá, assim como interconexões gasíferas e elétricas entre diversos países da região. Observou-se que a grande maioria desses projetos surgiu de negociações bilaterais de cooperação energética, sem coordenação regional. O objetivo deste trabalho foi avaliar qual tem sido o teor da participação do Mercosul e da Unasul na integração energética sul-americana, verificando se essas organizações foram capazes de promover políticas regionais de integração energética. Defende-se a hipótese de que ambos os projetos desenvolvidos, ressalvadas as suas limitações, promovem políticas regionais de integração energética. Entende-se, ademais, que o projeto promovido pela Unasul é mais ousado, pois relaciona a integração energética à potencialização do processo de integração regional na América do Sul e à diminuição das assimetrias regionais.

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Biografia do Autor

Heitor Pergher, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestre em Relações Internacionais e bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Sua pesquisa é voltada para o processo de integração regional na América do Sul e para o estudo da política externa brasileira, focado na atuação brasileira no subcontinente sul-americano.

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Publicado

23.06.2016

Como Citar

Pergher, H. (2016). A INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA NA AMÉRICA DO SUL: uma análise das políticas de integração energética promovidas no Mercosul e na Unasul. Revista De Iniciação Científica Em Relações Internacionais, 3(6), 58–82. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/ricri/article/view/28429