COOPERAÇÃO AMBIENTAL NO MERCOSUL: uma análise comparativa acerca da gestão de resíduos sólidos

Autores

  • Andressa Caroline Molinari da Silva Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

Diante da multiplicação dos problemas ambientais decorrente do aumento das interações globais combinado com o uso não moderado dos recursos naturais, torna-se necessário discutir medidas que minimizem o impacto da atividade humana sobre o meio ambiente. Nesse contexto, a pesquisa visa identificar as políticas públicas adotadas pelos países do Mercosul acerca da gestão de resíduos sólidos. Acredita-se que a adoção de políticas comuns com o propósito de conciliar a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, por meio da articulação entre as dimensões política, econômica, social e ambiental constitui o melhor caminho para a consolidação de um conceito de “cooperação ambiental” no Mercosul, e, por consequência, para a realização de ações concretas em prol da preservação do meio ambiente.  Para isso, foram analisadas e comparadas não só as normativas internas de cada país membro, como também as normas adotadas em comum no âmbito regional a fim de identificar a ocorrência de cooperação e seus impactos na política, na economia e, principalmente, na sociedade. A gestão conjunta dos resíduos sólidos é um tema proeminente do regionalismo, especialmente por fazer referência à administração de regiões fronteiriças com urbanidade contígua. Sendo assim, procedeu-se primeiramente a uma revisão bibliográfica sobre as políticas públicas para a gestão dos resíduos sólidos nos países do Mercosul. Depois, realizou-se uma análise quali-quantitativa das regras nacionais e das normas do bloco nesse tema, a fim de se verificar o status das iniciativas regionais de cooperação ou harmonização ambiental. Além de análise documental, essa fase contou com entrevistas com autoridades ministeriais e municipais.  As conclusões propõem uma reflexão acerca da efetividade das ações dos órgãos oficiais em contraste com a demanda da sociedade expressa nas reivindicações de associações civis comunitárias e ONGs, especialmente nas regiões de fronteira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andressa Caroline Molinari da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduanda em Relações Internacionais, pesquisadora na área de cooperação internacional.

Referências

Bibliografia

ABBATE, Jorge. (2011),“LaGestión de Residuos Sólidos Urbanos em Paraguay”. Revista Coomecipar, No 158, Año 39, , http://www.geam.org.py/v3/blog/la-gestion-de-residuos-solidos-urbanos-en-paraguay/.

ACCIOLY, Hildebrando; CASELLA, Paulo B.; SILVA, G.E. do Nascimento. (2012), Manual de Direito Internacional Público. 20 ed. São Paulo, Saraiva.

ALBUQUERQUE, Letícia e MEDEIROS, Fernanda L. F. (2013),“A Politica Nacional de Resíduos Sólidos e o Desenvolvimento Sustentável”, http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=1be9573be51135cd.

ALMEIDA, Lucimar B.; IRACHANDE, Aninho M.; VIEIRA, Marilene M. A. (2010),“O Mercosul e a construção de uma política ambiental para os países do Cone Sul”. Revista Política e Sociedade, https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2010v9n16p205.

CHEREM, Mônica T. C. S. (2003), “A proteção do meio ambiente nas dimensões do Mercosul”. Revista Novos Estudos Jurídicos, http://www6.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/315.

DEVIA, Leila. (2006), “Os Resíduos Especiais de Geração Universal no Mercosul. Puentes entre el comercio y el desarrollo sostenible”. Pontes, vol. 2, No 4, http://www.ictsd.org/bridges-news/pontes/news/os-res%C3%ADduos-especiais-de-gera%C3%A7%C3%A3o-universal-no-mercosul.

FACCIN, Giane M. (2011), A construção do Regime Ambiental Internacional: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e a Cogeraçao de Energia no Setor Sucroalcooleiro.137f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais)- Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, http://base.repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/98986/faccin_gm_me_mar.pdf?sequence=1.

GONZÁLEZ, Gisela L. (2010), ‘Residuos Solidos Urbanos Argentina: Tratamiento y Disposicion Final, Situacion Actual y Alternativas Futuras’. (Argentina: Cámara Argentina de la Construción- Área de Pensamiento Estratégico), http://www.igc.org.ar/megaciudad/N3/Residuos%20Solidos%20Urbanos%20CAMARCO.pdf.

IRAGORRY, Alejandro Á. (2014), “¿Cómo está el medio ambiente en Venezuela?”, Venezuela, http://www.iesa.edu.ve/inicio/2014-julio-02/1959=que-pasa-con-el-medio-ambiente-en-venezuela.

KONRAD, Odorico; CALDERAN, Thanabi B. (2011),“A preservação ambiental na visão da política nacional dos resíduos sólidos”. Âmbito Jurídico, XIV, No. 89, http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9750&revista_caderno=5.

KRASNER, Stephen D. (2001), “Structural causes and regime consequences: regimes as intervening variables”, http://www.ir.rochelleterman.com/sites/default/files/krasner%201982.pdf.

LE PESTRE, Philippe. (2000), Ecopolítica Internacional. São Paulo, Editora SENAC São Paulo.

MERENDI, Tatiana P. (2006), “O Mercosul e o Meio Ambiente: breves considerações”.

CONPEDI, http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/Anais/Tatiana%20Peghim%20Merendi.pdf.

RIVERO, Julio C. (2011), ‘No olvidemos a la Ley: Gestión Integral de la Basura’ (Venezuela: Renova- Ambiental), http://www.renova-ambiental.com/2011/01/nueva-ley-gestion-integral-de-la-basura.html.

RODRIGUES, Rafael J. (2008), “O papel do meio ambiente na geopolítica mundial”. Revista Diversa UFMG, nº14, Minas Gerais, https://www.ufmg.br/diversa/14/index.php/meio-ambiente/o-papel-do-meio-ambiente-na-geopolitica-mundial.html.

VIANA, Maurício B. (2004), ‘O Meio Ambiente no Mercosul’. (Minas Gerais: Biblioteca Florestal Digital), http://www.sifloresta.ufv.br/handle/123456789/9416.

Documentos

AGENCIA DE COOPERACIÓN INTERNACIONAL DEL JAPÓN; INSTITUTO PARA LA COOPERACIÓN INTERNACIONAL. (2007).‘Apoyo en el Desarrollo de la Capacidad para la Gestión de Desechos Sólidos en Países en Desarrollo Hacia el Mejoramiento de la Capacidad de Toda la Sociedad en la Gestión de Desechos Sólidos’.(Japão: JICA), http://jica-ri.jica.go.jp/IFIC_and_JBICI-Studies/english/publications/reports/study/topical/es_waste/pdf/waste_01es.pdf.

ALIANÇAS PÚBLICO-PRIVADAS. (2014)‘Coletânea Alianças Público-Privadas para a Sustentabilidade das Cidades, Volume VII: Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em região de fronteira: Case de Ponta Porã (BR) & Pedro Juan Caballero (PY) – Um aterro binacional’. (Rio de Janeiro: Alianças Público- Privadas), http://www.aliancaspublicoprivadas.org.br/app/wp-content/uploads/2014/07/07-case-pp-pjc-v.editada.pdf.

MERCOSUL. (2006),“Declaração de Canela”. In: Medio Ambiente en el Mercosur, editado por SECRETARIA DEL MERCOSUR, Montevidéu, Secretaría del Mercosur, pp. 13-14, http://www.mercosur.int/innovaportal/file/737/1/medio_ambiente_en_el_mercosur.pdf.

MERCOSUL. (1991), “Tratado de Assunção Tratado para a Constituição de um Mercado Comum entre a República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai”, http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1270491919.pdf.

REPÚBLICA DO PARAGUAI. (2009), ‘Gestión Integral de los Residuos Sólidos en la República del Paraguay’. (Paraguai: Congresso de la Nación)http://faolex.fao.org/docs/pdf/par123260.pdf.

REPÚBLICA ARGENTINA (2005), ‘Estrategia Nacional para la Gestión Integral de Residuos Sólidos Urbanos’. (Buenos Aires: Ministerio de Salud y ambiente), http://www.ambiente.gov.ar/observatoriorsu/infoteca/archivos_para_bajar/ENGIRSU.pdf>

REPÚBLICA DA VENEZUELA. (1976). “Ley Orgánica del Ambiente”, de 16 de junho de 1976. Gaceta Oficial No 31.004, http://www.oas.org/dsd/fida/laws/legislation/venezuela/venezuela_1976.pdf.

REPÚBLICA DA VENEZUELA. (2004). ‘Ley de Residuos y Desechos Sólidos’, de 21 de outubro de 2004. (Venezuela: Assembleia Nacional).

http://www.derechos.org.ve/pw/wp-content/uploads/ley_residuos.pdf

URUGUAY INTEGRA. (2011), ‘Informe Final Información de Base para el Diseño de un Plan Estratégico de Residuos Sólidos’. (Uruguay: Estudio Pittamiglio), http://retosalsur.org/wp-content/uploads/2013/08/Informaci%C3%B3n-de-base-para-el-dise%C3%B1o-de-un-Plan-estrat%C3%A9gico-de-Residuos-%C3%B3lidos.pdf.

COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. (1987), “Our Common Future”,

http://www.un-documents.net/our-common-future.pdf.

Entrevistas

ENTREVISTADO 1. Chefe adjunto da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério do Meio Ambiente do Brasil: correio eletrônico. [julho de 2015]. Entrevistadora: MOLINARI, Andressa. Florianópolis, UFSC, 2015.

ENTREVISTADA 2. Analista ambiental da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério do Meio Ambiente do Brasil: mensagem pessoal [julho. 2015]. Entrevistadora: MOLINARI, Andressa. Florianópolis, UFSC, 2015. Correio eletrônico.

ENTREVISTADO 3. Analista ambiental na Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Ponta Porã/MS: telefone. [julho de 2015]. Entrevistadora: MOLINARI, Andressa. Florianópolis, UFSC, 2015. Telefone.

Downloads

Publicado

23.06.2016

Como Citar

da Silva, A. C. M. (2016). COOPERAÇÃO AMBIENTAL NO MERCOSUL: uma análise comparativa acerca da gestão de resíduos sólidos. Revista De Iniciação Científica Em Relações Internacionais, 3(6), 83–112. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/ricri/article/view/28434