A emergência de uma “terceira mulher” no videoclipe Wide Awake
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2021v17n2.57636Palavras-chave:
Videoclipe, “Terceira mulher”, Desconstrução paródica, Contos de fadas.Resumo
O artigo propõe uma abordagem crítica da narrativa do videoclipe Wide Awake, de Katy Perry (2012), no qual a cantora pop desenvolve uma obra ficcional onírica e desmistificadora dos ideais da adolescência. Hipotetizamos que, ainda hoje, as metamorfoses da carreira de uma celebridade poderiam ser problematizados à luz do conceito da ‘terceira mulher’ de Gilles Lipovetsky. Para analisar a desconstrução paródica dos contos de fadas, valemo-nos das teorias da adaptação e do conceito de intertextualidade, com base em Gérard Genette que retoma Mikhail Bakhtin. Além do aporte nas teorias do cinema e do audiovisual, utilizamos Gaston Bachelard e Gilbert Durand sobre os sonhos. No que tange às questões identitárias, recorremos a Stuart Hall e a Edgar Morin, entre outros que se mostrem pertinentes para a análise da narrativa videoclípica que, autobiograficamente, revela um rito de passagem entre a adolescência e a vida adulta, na carreira da própria artista.