Parir é transgressor: uma reflexão sobre a direção feminina no documentário A parteira (2018)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2021v17n2.57722Palavras-chave:
Direção feminina, Documentário, Feminismo, Protagonismo feminino.Resumo
O espaço da mulher na produção audiovisual brasileira ainda se encontra desequilibrado no âmbito da representatividade em funções diante e por trás das câmeras, mas quando as mulheres ocupam essas funções, filmes inovadores podem surgir de seus olhares. Diante disso, escolhemos o documentário potiguar A parteira (2018), da diretora Catarina Doolan, e o processo de direção, como objetos de estudo deste artigo, que possui como objetivo refletir sobre o processo da direção feminina no filme. Para isso, utilizaremos dos conceitos que compreendem o documentário a partir de Nichols (2016) e Puccini (2012), e trechos de entrevistas feitas com a diretora sobre seu processo criativo. A partir dessas reflexões, conclui-se que a direção de Catarina Doolan foi um diferencial na realização do filme sobre a parteira Donana, por conta de seu processo pessoal compartilhado com a protagonista de seu filme.