O MERCADO DE TRABALHO FEMININO DA AGROINDÚSTRIA SUCROENERGÉTICA
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2019v18n2.46342Abstract
Nas últimas décadas, a cadeia sucroenergética passou por transformações que impactaram o mercado de trabalho do setor. Este cenário suscita questionamentos ainda não avaliados, como a dinâmica de gênero e a força de trabalho feminina neste mercado frente às mudanças observadas. O presente estudo, portanto, investiga o mercado de trabalho na cadeia sucroenergética pela ótica da participação feminina, examinando o perfil e a seletividade de gênero nas funções e remunerações, de 2000 a 2016. São utilizados dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), com a análise restringindo-se ao mercado formal. Os resultados evidenciaram que o emprego feminino no setor se concentrou nos elos industrial e administrativo frente ao campo, e que houve grande avanço na escolaridade média. Como reflexo, houve expansão da remuneração média das trabalhadoras, mas ainda segue abaixo da remuneração masculina. A participação feminina no setor sucroenergético ainda é baixa, representando apenas 8,7% dos empregos em 2016.
Downloads
Metrics
References
ASSIS, R.S.; ALVES, J.S. “Hiato salarial entre homens e mulheres no Brasil segundo condição migratória: o mercado de trabalho é segregado ou discrimina?” Revista Econômica do Nordeste 45(1): 120-135, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO AGRONEGÓCIO (ABAG). “Todas as mulheres do agronegócio”. 2017. Disponível em:< http://www.abag.com.br/media/files/sumario-pesquisa-mulheres-do-agro-2017-compressed.pdf>. Acesso em: 20 de fev. 2019.
BALSADI, O. V. “O mercado de trabalho assalariado na cultura da cana-de-açúcar no período 1992-2006”. In: FILHO, F. B. B. (ed.) Energia e Biomassa. Brasília. 2008.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Educação-MTE. “Relação anual de informações sociais (RAIS)”. Brasília: MTE. Disponível em: < http://bi.mte.gov.br/bgcaged/login.php/>. Acesso em: 19 fev. 2019.
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA – CEPEA. “A dinâmica dos empregos formais na agroindústria sucroenergética de 2000 a 2016”. 2018a.Disponível em: < https://www.cepea.esalq.usp.br/br/especiais-tematicos.aspx>. Acesso em: 08 fev. 2019.
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA – CEPEA. ‘Mulheres no agronegócio”. 2018b. Disponível em: <https://www.cepea.esalq.usp.br/br/especiais-tematicos.aspx>. Acesso em: 14 fev. 2019.
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA – CEPEA. Metodologia - “PIB do agronegócio brasileiro: base e evolução”. 2017. Disponível em:
https://www.cepea.esalq.usp.br/upload/kceditor/files/Cepea_NotaMetodologica_Nova.pdf>/>. Acesso em: 10 fev de 2019.
CUNHA; M.S.; VASCONCELOS, M.R. “Fecundidade e participação no mercado de trabalho brasileiro”. Nova Economia 26(1): 179-206, 2016. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/0103-6351/2390
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS (FAO). “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI)”, 2018. Disponível em < http://www.fao.org/publications/sofi/es> Acesso em: 15 de fev. 2019.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS (FAO). “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI)”, 2011. Disponível em < http://www.fao.org/publications/sofi/es> Acesso em: 15 de fev. 2019.
GARCIA, J. R.; LIMA, D. A. L. L.; VIEIRA, A. C. P. “A nova configuração da estrutura produtiva do setor sucroenergético brasileiro: panorama e perspectivas”. Revista de Economia Contemporânea, 19(1): 162-184, 2015.
GILIO, L; CASTRO, N. R; RODRIGUES, L.; BACCHI, M. R. P. “Mercado de trabalho formal e rendimentos da agroindústria sucroenergética de 2000 a 2016”. Economia Aplicada. No prelo. 2019.
GIUBERTI, A.C.; MENEZES-FILHO, N. “Discriminação de rendimentos por gênero: uma comparação entre o Brasil e os Estados Unidos”. Economia Aplicada 9(3): 369-38, 2005.
HAUSSMANN, S.; GOLGHER, A.B. “Shrinking gender wage gaps in the Brazilian labor market: an application of the APC approach”. Nova Economia 26(2): 429-464, 2016. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/0103-6351/2680
HOLANDA- BARBOSA, A.L.N. “Participação feminina no mercado de trabalho brasileiro”. Nota técnica mercado de trabalho IPEA. Número 57, 2014.
MEDEIROS, E. R.; MONSUETO, S. E.; GOUVEIA, J. Q. A. “Discriminação Salarial Segundo Gênero em Ocupações Tipicamente Femininas no Estado de Goiás”. 2018. Disponível em:< https://www.face.ufg.br/economia/noticia/td-071-discriminacao-salarial-segundo-genero-em-ocupacoes-tipicamente-femininas-no-estado-de-goias>. Acesso em: 19 de fev. 2019.
MORAES, M.A.F.D. “O mercado de trabalho da agroindústria canavieira: Desafios e oportunidades”. Economia Aplicada. São Paulo, 11(4): 605-619. 2007a.
MORAES, M.A.F.D. “Indicadores do mercado de trabalho do Sistema Agroindustrial da Cana- -de-Açúcar do Brasil no período 1992-2005”. Estudos Econômicos. São Paulo, 37(4): 875- 902. 2007b.
OLIVEIRA, F.C.R. “Ocupação, emprego e remuneração na cana-de-açúcar e em outras atividades agropecuárias no Brasil, de 1992 a 2007”. Dissertação de Mestrado inédita. 2009.
PINTO, M. J. A. “Investimentos diretos estrangeiros no setor sucroenergético’. Dissertação de mestrado inédita. 2011.
RIBEIRO, H.; FICARELLI, T. R. A. “Sugarcane Burning and Perspectives for Harvesters in Macatuba, Sao Paulo”. Saúde e Sociedade 19(1): 48-63, 2010.
SCORZAFAVE; L.G; MENEZES-FILHO, N.A. “Participação feminina no mercado de trabalho brasileiro: evolução e determinantes”. Pesquisa e Planejamento Econômico 31(3): 441-478, 2001.
SILVA, N.D.V.; KASSOUF, A.L. “Mercados de trabalho formal e informal: uma análise da discriminação e da segmentação”. Nova Economia 10(1): 2000.
SOUZA, S. C. I.; MAIA, K.; FIUZA-MOURA, F. K.; GOMES, M. R.; SILVA, R. J. “Diferenças salariais por gênero e cor e o impacto da discriminação econômica”. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos 9(1): 32-49, 2015.
TEIXEIRA, F. A. “O processo de expansão da cana-de-açúcar e seus impactos sobre a qualificação do trabalhador: análise comparativa para os estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. 2015”. Tese de doutorado inédita. 2015.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Política de Acesso Livre
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
Atribuição dos artigos é não comercial (sem derivações 4.0, isto é, Creative Commons) e o acesso é livre e gratuito para download e leitura.
Não há taxa para submissão, avaliação e publicação de artigos.
Copyright
1) Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. É permitida sua reprodução, total ou parcial desde que seja citada a fonte.
2) Os trabalhos enviados para publicação devem ser inéditos, não sendo permitida sua apresentação simultânea em outro periódico nacional.
3) Os artigos são submetidos a pareceristas "ad hoc", após prévia avaliação da Comissão Editorial, os quais podem aceitar, recusar ou reapresentar o original ao autor com sugestões para alterações. Os nomes dos pareceristas permanecem em sigilo, bem como os nomes dos autores.
Os Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Patrocinador
A publicação recebe financiamento da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho.
