O ASPECTO GERACIONAL COMO FATOR DE INFLUÊNCIA NA CONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES DE GÊNERO

Autores/as

  • Daniel Perticarrari
  • Fernanda Flávia Cockell

Resumen

A pesquisa teve como objetivo estudar a resignificação ou reiteração das identidades de gênero, tendo como recorte a inserção geracional no mundo do trabalho. Foram entrevistados quarenta e
dois trabalhadores metalúrgicos da cidade de São Carlos–SP, Brasil (sendo trinta homens e doze mulheres), recuperando suas trajetórias de vida e trabalho bem como suas atribuições de gênero, no
espaço fabril e doméstico. Foi possível verificar um recorte geracional que delimita a posição dos trabalhadores em relação à divisão do trabalho e sua expectativa em relação à sua identidade de gênero. Os trabalhadores mais velhos (com mais de 40 anos de idade), ainda vêem no mercado de trabalho formal, estável e com carteira assinada, a via de acesso privilegiada na estruturação laboral/familiar e na construção e valorização da identidade masculina. Entre os trabalhadores na faixa dos 30 aos 39 anos de idade verificou-se a presença de um discurso de maior igualdade entre homens e mulheres. Finalmente, observou-se que trabalhadores jovens (com até 29 anos de idade) têm maior propensão a se inserir de maneira mais ampla na lógica de transformações do capitalismo flexibilizado, marcada pela instabilidade nos trajetos laborais.

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Publicado

2008-06-20

Cómo citar

Perticarrari, D., & Cockell, F. F. (2008). O ASPECTO GERACIONAL COMO FATOR DE INFLUÊNCIA NA CONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES DE GÊNERO. Revista Da ABET, 7(1). Recuperado a partir de https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/abet/article/view/15226