Afinal, quanto de extraordinário a pandemia de covid-19 soma na vida das mulheres mães?

Autores

  • Rosamaria Carneiro Doutora em Ciências Sociais pela Unicamp, Professora no Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília, pós-doutoranda no PPGA da Universidade Federal da Paraíba
  • Elaine Müller Professora no Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal do Pernambuco, pós-doutoranda no PPGA da Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2020v1n10.55236

Resumo

Em tempos de pandemia de covid-19, a recomendação sanitária de “ficar em casa” parece reordenar relações, tempos e espaços. Vivencia-se o extraordinário nunca antes vivido. A casa ganha centralidade na vida e nas relações, abrigando praticamente todas as atividades das pessoas que se mantém em isolamento. Há de se perguntar, no entanto, o quanto há de ordinário na rotina de mulheres acadêmicas que são mães durante esse período, já que equação entre casa, filhos e trabalho lhes é comum. Parece-nos que a pandemia dá visibilidade às desigualdades nas atividades relacionadas ao cuidado, impactando muito mais na carreira dessas mulheres do que na de homens ou de mulheres sem filhos. A carga mental, a impossibilidade de negociar com as crianças o tempo e o espaço para a produção acadêmica, o cansaço materno e sua saúde mental são algumas das questões ordinárias agora escancaradas e que precisam ser debatidas.

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Publicado

2020-09-14