O documentário nacional frente ao conceito social da deficiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2763-9398.2021v15n.59219

Palavras-chave:

Deficiência, Documentário, Movimentos Sociais, Mídia, Discurso

Resumo

O artigo tem como principal objetivo verificar se os discursos empregados nos documentários nacionais que apresentam protagonistas com deficiência se alinham aos ideais mobilizadores dos movimentos sociais ligados aos direitos das pessoas com deficiência. Para isso são utilizadas as categorias estabelecidas por Hayes e Black (2003) para analisar um corpus de quatro documentários produzidos no século XXI. Percebe-se que, ao centrarem-se em limitações corpóreas de maneira individualizada, os documentários acabam por restringir as possibilidades de representações a estereótipos. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Batista, Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS

Com Pós-Doutorado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), possui doutorado e mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e graduação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). Atualmente é gestor do Mestrado Profissional em Inovação na Comunicação de Interesse Público, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (PPGCOM/USCS). Atuou como professor titular do Programa de Mestrado Acadêmico em Comunicação e Inovação da USCS no período de 2008 a 2017. É Professor Visitante na Maestría em Proyectos Sociales da Universidad Autónoma de Baja California (UABC, México). É professor em cursos de Publicidade e Propaganda na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e Santa Cecília (UNISANTA). Líder do GP O Signo Visual nas Mídias (www.signovisualnasmidias.com), cadastrado no CNPq desde 2005. Coordenou o GT Discurso y Comunicación, da Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC), no período de 2010 a 2016, e o GT Práticas Interacionais e Linguagens na Comunicação, da COMPÓS, nos anos de 2012, 2013 e 2017. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação Visual, atuando principalmente com os seguintes temas: semiótica visual, direção de arte publicitária, criação publicitária, cenografia, comunicação e arte, comunicação e estética, produção e consumo de imagens e imagem e cultura. É autor dos livros Cenário Televisivo: linguagens múltiplas fragmentadas (Annablume/FAPESP, 2009) e A semiótica do Cenário Televisivo (Annablume/FAPESP/USCS, 2008). Organizou os livros Miradas sobre o Cinema Latino-americano Contemporâneo (USCS, 2016), Discurso y Comunicación (CLACSO, 2014), Mutações da Cultura Midiática (Paulinas, 2009). ResearcherID: http://www.researcherid.com/rid/B-4981-2012.

Referências

AMARAL, L. A. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação. In: AQUINO, Julio Groppa et al (Org.). Diferenças E Preconceitos Na Escola: alternativas teóricas e práticas. 8. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1998. p. 215.

BOBBIO, N. Elogio da Serenidade e Outros Escritos Morais. São Paulo: Editora UNESP, 2002. 208 p.

DO LUTO À LUTA. Direção: Evaldo Mocarzel. 2006. 77 min. Disponível em: https://youtu.be/CRyzd6Wsof4. Acesso em 24 abr. 2021.

DINIZ, D. O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense, 2007 (Coleção Primeiros Passos).

EM UM MUNDO INTERIOR. Direção: Mariana Pamplona; Flávio Frederico. 2018. 75 min. Exibido no streaming NOW.

ESTAMIRA. Direção: Marcos Prado. 2006. 115 min. Rio Filmes. Disponível em: https://youtu.be/IcUKQNj3HEg. Acesso em: 24 abr. 2021

GAVÉRIO, M. A. Nada sobre nós, sem nossos corpos! O local do corpo deficiente nos disability studies: Nothing about us, without our bodies! The location of the disabled body in disability studies. Revista Argumentos, v. 14, n. 1, p. 95-117, 1 maio 2017.

GAUDENZI, P; ORTEGA, F. Problematizando o conceito de deficiência a partir das noções de autonomia e normalidade. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 10, p. 3061-3070, Oct. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016001003061&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 02 Nov. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320152110.16642016.

GOFFMAN, Irving. Estigma - Notas Sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2004.

HAYES, M. T; BLACK, R. S. Troubling Signs: Disability, Hollywood Movies and the Construction of a Discourse of Pity. Disability Studies Quarterly: the first journal in the field of disability studies. Hawaii, p. 114-132. maio 2003. Disponível em: https://dsq-sds.org/article/view/419/586. Acesso em: 04 maio 2019.

LANGMOORE, P. Why I Burned My Book and Other Essays on Disability. Philadelphia: Temple University Press, 2003. 279 p. Disponível em: http://courses.washington.edu/intro2ds/Readings/32_Longmore-screening.pdf. Acesso em: 05 abr. 2019.

MAGNABOSCO, M. de B; SOUZA, L. L. Aproximações possíveis entre os estudos da deficiência e as teorias feministas e de gênero. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 27, n. 2, e56147, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2019000200225&lng=en&nrm=isso. Acesso em: 02 Nov. 2020. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n256147.

MCRUER, R. Introduction: Compulsory Able-Bodiedness and Queer/Disabled Existence. In: MCRUER, Robert. Crip Theory: Cultural Signs of Queerness and Disability. New York: New York University Press, 2006. Disponível em: http://dsfnetwork.org/assets/Uploads/DisabilitySunday/31206.-McRuer-Compulsory-Able-Bodiness.pdf. Acesso em 02 Nov. 2020.

PAUÊ - o passo de um vencedor. Direção: Alessandra Pereira; Fabio Cappellini. 2015. 72 min. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ka_tpNUgEKA. Acesso em: 9 jun. 2020.

PEREIRA, O; MONTEIRO, I; PEREIRA, A. L. A visibilidade da deficiência: Uma revisão sobre as Representações Sociais das Pessoas com Deficiência e Atletas Paralímpicos nos media impressos. Sociologia: Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Lisboa, v.1, n. 1, p.199-217, jul. 2011. Disponível em: https://ojs.letras.up.pt/index.php/Sociologia/article/view/1442. Acesso em: 07 jul. 2019.

PEREIRA, J. A.; SARAIVA, J. M. Trajetória histórico social da população deficiente: da exclusão a inclusão social. SER Social, v. 19, n. 40, p. 168-185, 20 set. 2017.

SANTOS, W. R.. Pessoas com deficiência: nossa maior minoria. Physis, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, p. 501-519, Sept. 2008. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312008000300008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 02 Nov. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312008000300008.

SÃO PAULO. SECRETARIA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (SDPD). MEMORIAL DA INCLUSÃO. 30 anos da AIPD: Ano Internacional das Pessoas Deficientes 1981/2011. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2011. 412 p. Disponível em: http://pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/30%20ANOS%20AIPD%20LIVRO%20DIGITAL.pdf. Acesso em: 31 out. 2020.

SHOHAT, E; STAM, R. Crítica da imagem eurocêntrica: Multiculturalismo e representação. São Paulo: Cosacnaify, 2006. 535 p.

SILVA, L. M. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência. Revista Brasileira de Educação, Salvador, v. 33, n. 11, p.424-561, out. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n33/a04v1133.pdf. Acesso em: 27 jul. 2019.

SILVERSTONE, R. Por que estudar a mídia? São Paulo: Loyola, 2002.

Downloads

Publicado

2021-12-27

Como Citar

BONFIM JUNIOR, A.; BATISTA FREITAS CARDOSO, J. O documentário nacional frente ao conceito social da deficiência. Culturas Midiáticas, [S. l.], v. 15, 2021. DOI: 10.22478/ufpb.2763-9398.2021v15n.59219. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/cm/article/view/59219. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

v. 15 (2021): Dossiê Temático: Comunicação, acessibilidade e representação de pessoas com deficiência

Seção

Dossiê: Comunicação, acessibilidade e representação de pessoas com deficiência

Licença

Copyright (c) 2021 Almir Bonfim Junior, João Batista

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

A submissão de originais para Revista Culturas Midiáticas implica na transferência, pelos autores (as), dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor (a), com direitos da Revista Culturas Midiáticas sobre a primeira publicação. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).