O Duelo, de Anton Tchékhov: uma análise comparativa das traduções da novela para o português brasileiro
Resumo
O interesse por temas relacionados à cultura russa enfrentou um período de declínio no Brasil após o colapso da União Soviética. No entanto, em 2001, a publicação do romance Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski, traduzido do russo para o português brasileiro por Paulo Bezerra, fez com que o cenário se alterasse e, desde então, as traduções diretas de obras russas tornaram-se sucesso de vendas, despertando o interesse dos leitores e do mercado editorial. Considerando o contexto apresentado, esta comunicação tem como objetivo apresentar uma análise comparativa das traduções diretas da novela O duelo (1891), de Anton Tchékhov, para o português brasileiro, procurando demonstrar como essas traduções contribuem para diferentes leituras da obra de Tchékhov no Brasil. A comunicação abordará trechos essenciais para o desenvolvimento do enredo, como a proposta e o desenlace do duelo. Para tal, faremos o cotejo entre o original e as traduções realizadas por Klara Gourianova (2011), Marina Tenório (2014) e Cecília Rosas (2024). Para fundamentar a análise, utilizaremos a Teoria dos Polissistemas de Itamar Even-Zohar (1990), os Estudos Descritivos da Tradução de Gideon Toury (1995) e os conceitos de André Lefevere (2007) sobre tradução e reescrita.