Literatura e tradução no movimento dos povos siberianos

Autores

  • Denise Regina de Sales

Resumo

Nesta comunicação proponho discutir a relação entre a tradução e o movimento dos povos originários em defesa de suas línguas e culturas. Em processos semelhantes àqueles que observamos no Brasil no campo editorial, na Rússia, nas últimas décadas, escritores de várias etnias têm se dedicado a publicar obras que resgatam as tradições de seus povos e revisitam fatos e períodos históricos. Nesse contexto, edições bilíngues e coletâneas de contos na língua nacional oficial consistem em produtos exemplares, capazes de fomentar um processo educativo (Munduruku, 2012) voltado tanto a grupos étnicos específicos quanto à população em geral. Levando em conta a noção de polissistema literário (Even-Zohar, 1990), parto de um projeto concreto de tradução da coletânea de contos do povo siberiano evenque A menina Bussinka da margem do mar de Okhotsk. Contos evenques, de Galina Emilianova, para analisar aspectos gerais desse fenômeno de escrita que desenha a memória, o tempo e a história por meio da partilha de saberes e sentimentos (Kambeba, 2020). Na interseção entre os Estudos da Tradução, os Estudos Culturais e o Comparatismo, busco identificar chaves de leitura dessa produção literária com destaque para o aspecto tradutório.

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Publicado

2024-10-15