Interpretação na entrevista de elegibilidade no processo de solicitação de refúgio

Autores

  • Teresa Dias Carneiro

Resumo

A entrevista de elegibilidade é um dos momentos mais importantes no processo de solicitação de refúgio no Brasil. Como grande parte dos solicitantes não fala português, o CONARE – Comitê Nacional para Refugiados, órgão responsável por tramitar esses processos no Ministério da Justiça, possibilita a presença de intérpretes voluntários de inglês, francês, espanhol, árabe e chinês nas entrevistas. A necessidade de interpretação em outras línguas é suprida por intérpretes trazidos pelos próprios solicitantes. Apesar de a maior parte desses intérpretes não serem profissionais treinados, as etapas da entrevista exigem diferentes habilidades e estratégias de interpretação, próprias de profissionais capacitados. O conhecimento da estrutura da entrevista e das modalidades de interpretação exigidas possibilita uma reflexão muito necessária para a formulação de uma política pública sobre interpretação comunitária, para a provisão de intérpretes comunitários no contexto do refúgio no Brasil. As observações realizadas nesta pesquisa estão fundamentadas em reflexões de importantes autores do campo da interpretação comunitária como Moira Inghilleri (2017), Sandra Hale (2015) e Sonja Pöllabauer (2013).

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Publicado

2024-10-16