Heimat am Bananal: a literatura como ponte intercultural entre continentes

Autores

  • Bruna Senke Marcelino

Resumo

Johanna Meibohm van Kaick, descendente de alemães, teve a sua trajetória atravessada por três continentes: nasceu na Tanzânia, residiu em Hamburgo após a Primeira Guerra Mundial e, posteriormente, migrou para o Brasil. A escritora registrou seu percurso em um diário, publicado como Heimat am Bananal — brasilianisches Tagebuch (Lar no Bananal — diário brasileiro) (1956), na Alemanha, por sua amiga Gerda Böse. O livro fez parte de um projeto de leitura em uma escola de Hamburgo, na década de 1950, e, ao final, os alunos enviaram cartas à autora, as quais demonstram a contribuição da experiência na aproximação entre diferentes culturas. A obra apresenta aspectos de transferência cultural transatlântica e revela como a literatura pode ser uma forma de compreender o estrangeiro e contribuir no desenvolvimento de competência intercultural. Dessa maneira, analisaremos a relevância da obra de Johanna como uma ponte intercultural, a partir do estudo do projeto de leitura que aproximou crianças alemãs à realidade de uma imigrante no Brasil. Esta análise foi realizada inicialmente para o trabalho final de uma disciplina de pesquisa em educação do curso de Licenciatura em Letras na UFPR e manifesta a importância do ensino de literatura no desenvolvimento de relações culturais.

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Publicado

2024-10-16