A palavra que resta (2021) e a literatura brasileira contemporânea no espaço literário mundial
Resumo
No artigo Por uma Sociologia da Tradução (2009), Heilbron e Sapiro nos apresentam os aspectos que devem ser considerados para uma análise sociológica de uma tradução, a saber: “a estrutura do espaço das trocas culturais internacionais, os tipos de exigências – políticas e econômicas – que pesam sobre essas trocas, os agentes da intermediação e os processos de importação e de recepção no país de destino” (Heilbron; Sapiro, 2009, p. 16). Nesse sentido, a pesquisa pretende se apropriar do caminho que as traduções do livro A Palavra que Resta (2021), de Stênio Gardel, fizeram no espaço literário mundial a partir da perspectiva da sociologia da tradução, para refletir, primeiro: sobre a situação da literatura brasileira contemporânea em um contexto transatlântico e, segundo: a respeito do inglês e das premiações como instâncias legitimadoras das literaturas produzidas pelas línguas e nações periféricas no cenário literário, cultural e econômico mundial. Para tal, além do já mencionado artigo de Heilbron e Sapiro (2009), também utilizaremos Melo (2016, 2019), Moretti (2000), entre outros.