Área de (des) proteção ambiental Serra do Lajeado – TO: degradação ambiental identificada por análise de cobertura vegetal e crimes registrados no período de 2001 a 2016

Autores

  • Adila Maria Taveira de Lima Universidade Federal do Tocantins
  • Adson Gomes de Ataídes Universidade Federal do Tocantins
  • Eloísa Paula Bispo de Sousa Universidade Federal do Tocantins
  • Talita Mucari Universidade Federal do Tocantins
  • Carla Simone Seibert Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.32877

Resumo

Áreas de proteção ambiental – APAs são estabelecidas com o objetivo de preservação da biodiversidade, restringindo o grau de interferência humana sob medidas legais, e são consideradas uma das estratégias mais eficazes para a conservação dos recursos naturais. A APA Serra do Lajeado está localizada ao centro do Estado do Tocantins, foi criada em 1997, ocupando inicialmente uma área de 121.415,5ha, inserida em quatro municípios: Aparecida do Rio Negro, Tocantínia, Lajeado e Palmas. Neste contexto, o presente trabalho buscou verificar a conservação da APA Serra do Lajeado, no período de 2001 a 2016, por meio do levantamento de crimes ambientais ocorridos na área abrangente da APA, coletados junto ao órgão ambiental estadual, com estudo e análises das imagens de sensoriamento remoto. Nesta última fase procedeu-se com as interpretações visuais e posteriormente classificações digitais supervisionadas para identificar “área desmatada” e “área remanescente”. O trabalho demonstrou que ocorreram 844 crimes ambientais e uma supressão de aproximadamente 11% da cobertura vegetal. Assim, houve comprometimento da cobertura vegetal da APA, principalmente em Aparecida do Rio Negro, onde há atividade vinculada à produção de grãos e agropecuária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adila Maria Taveira de Lima, Universidade Federal do Tocantins

Administradora, Mestre em Ciências do Ambiente e Doutoranda na Universidade Federal do Tocantins

Adson Gomes de Ataídes, Universidade Federal do Tocantins

Doutorando em Ciências do Ambiente na Universidade Federal do Tocantins

Eloísa Paula Bispo de Sousa, Universidade Federal do Tocantins

Mestranda em Ciências do Ambiente na Universidade Federal do Tocantins

Talita Mucari, Universidade Federal do Tocantins

Professora no Programa de Pós Graduação em Ciências do Ambiente na Universidade Federal do Tocantins

Carla Simone Seibert, Universidade Federal do Tocantins

Professora no Programa de Pós Graduação em Ciências do Ambiente na Universidade Federal do Tocantins

Referências

Barreto, P.; Mesquita, M. Como prevenir e punir infrações ambientais em Áreas Protegidas na Amazônia. Belém: Imazon, 2009. 54 p.

Beiroz, H. Zonas de amortecimento de Unidades de Conservação em ambientes urbanos sob a ótica territorial: reflexões, demandas e desafios. Desenvolvimento e Meio Ambiente. Paraná, v. 35, p. 275-286, 2015. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/made/article/view/38253

Brasil. Lei Nº 6.902, de 27 de abril de 1981. Dispõe sobre a criação de Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6902.htm>. Acesso em: nov.2016.

Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

Brasil. Lei 9605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm>. Acesso em 10 de outubro de 2016.

Brasil. Decreto Nº 6.514, de 22 de julho de 2008. Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6514.htm. Acesso em nov.2016.

Brasil. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas: Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000; Decreto nº 4.340, de 22 de agosto de 2002; Decreto nº 5.746, de 5 de abril de 2006. Decreto nº 5.758, de 13 de abril de 2006 . Brasília: MMA/SBF, 2011.

Carregosa, E. A.; Silva, S. L. da C.; Kunhavalik, J. P. Unidade de Conservação e comunidade local: uma relação em construção. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Paraná, v. 35, 305-319, 2015. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/made/article/view/40563/27102

Dudley, N. Guidelines for applying protected area management categories. Switzerland: IUCN, 2008. 106 p.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE. Cadastro Central de Empresas, 2014. [online] Disponível em: <http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/economia.php?lang=&codmun=170110&search=tocantins|aparecida-do-rio-negro|infogr%E1ficos:-despesas-e-receitas-or%E7ament%E1rias-e-pib> Acesso em 05 de novembro de 2016.

IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Base de Dados - Ipeadata. Produção agrícola por município. 2010 [online].Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br> Acesso em: 05 de novembro de 2016.

Kantek, R. T. et al. Impactos ambientais na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba, Paraná, Brasil, sob o ponto de vista de moradores tradicionais. Sociedade & Natureza. Uberlândia. v. 21, n.2, p. 39-56, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sn/v21n2/a04v21n2.pdf

Medeiros, R. Evolução das tipologias e categorias de Áreas protegidas no Brasil. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 9, n.1, p. 41-64, jan/jun. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/asoc/v9n1/a03v9n1.pdf

Medeiros, R.; Garay, I. Singularidades do sistema de áreas protegidas para a conservação e uso da biodiversidade brasileira. In: Garay, I. & Becker, B. (orgs.) Dimensões Humanas da Biodiversidade: O desafio de novas relações sociedade-natureza no século XXI. Petrópolis: Editora Vozes, 2006 p. 159 - 186.

Ministério do Meio Ambiente - MMA. Conceito de Unidades de Conservação. Disponível em: <http://mma.gov.br/areas-protegidas> Acesso em 10 de outubro de 2016.

Naturatins. Plano de Manejo Parque Estadual do Lajeado. SEPLAN. DBO Engenharia: Palmas, 2005a. Disponível em: <http://www.gesto.to.gov.br/site_media/upload/gestao/documentos/PEL_Plano_de_Manejo_2005.pdf>. Acesso em: 10 de outubro de 2016.

Naturatins. Plano de Manejo APA Serra do Lajeado. Palmas – TO, 2005b. Disponível em: < http://www.gesto.to.gov.br/uc/52/documentos/ >Acesso em: 10 de Outubro de 2016.

Downloads

Publicado

2018-04-14

Como Citar

LIMA, A. M. T. de; ATAÍDES, A. G. de; SOUSA, E. P. B. de; MUCARI, T.; SEIBERT, C. S. Área de (des) proteção ambiental Serra do Lajeado – TO: degradação ambiental identificada por análise de cobertura vegetal e crimes registrados no período de 2001 a 2016. Gaia Scientia, [S. l.], v. 12, n. 1, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.32877. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/gaia/article/view/32877. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais