Práticas tradicionais e conhecimentos associados ao uso e manejo da agrobiodiversidade nas comunidades rurais Saloba Grande e Novo Oriente, Porto Estrela, MT, Brasil

Autores

  • Luana Auxiliadora Apoitia Ourives Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Maria Antonia Carniello

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.34467

Resumo

Espaços de cultivo como quintais, chácaras e roças representam alternativa para a subsistência alimentar de populações rurais no sudoeste do Estado de Mato de Mato Grosso. O objetivo deste estudo foi registrar o conhecimento local associado ao uso e manejo da agrobiodiversidade produzida em roças de unidades rurais do entorno da Estação Ecológica da Serra das Araras. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa – parecer nº 1.404.395 e desenvolvida nas comunidades rurais Saloba Grande (15°37’34,0’’S-057°15’01,1’’W) e Novo Oriente (15°34’42,6’’S-057°13’30,5’’W), em Porto Estrela, MT. Participaram desta pesquisa, 4 famílias. Utilizou-se a técnica bola de neve para a coleta dos dados e a aplicação de métodos com abordagens qualitativas e quantitativas, observação participante e amostragem de vegetação. Foram obtidas 22 espécies vegetais (cultivadas ou espontâneas) com maiores indicações de uso para Attalea speciosa Mart. ex Spreng. (Babaçú) (6) e Mangifera indica L. (Manga) (5). O manejo de roças está diminuindo na região, fator que recai sobre o etnoconhecimento associado a população local, que ao não ser fortalecido por meio do seu modo de vida pode ser perdido ao longo tempo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luana Auxiliadora Apoitia Ourives, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2007) e Especialização em Gestão Ambiental pela Faculdade do Pantanal (2009). Atualmente concluinte do Mestrado em Ciências Ambientais - Unemat. Professora da educação básica - Secretaria de Estado de Educação do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Educação com ênfase em Ciências Biológicas, Educação Ambiental e Etnobotânica

Referências

Aguiar, MVA. 2007. El aporte del conocimiento local para el desarrollo rural: un estudio de caso sobre el uso de la biodiversidad en dos comunidades campesinas tradicionales del estado de Mato Grosso – Brasil. Tese de Doutorado em Agroecologia, Sociologia y Desarrollo Sostenible – Instituto de Sociología y Estudios Campesinos, Universidad de Córdoba. 730p.

Alexiades, MN and Sheldon, JW. 1996. Selected guidelines for ethnobotanical research: a field manual. New York Botanical Garden. 305p.

Almeida, RA. de. 2005. Do Tempo da Terra Comum ao Espremimento: Estudo sobre a lógica e o saber camponês na Baixada Cuiabana. Dissertação de mestrado. Instituto de Ciências Sociais. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Universidade de Brasília – UNB. Brasília. 211p.

Amorozo, MC. de M. 2002. Agricultura tradicional, espaços de resistência e o prazer de plantar. p.123-131. In: U. P. de Albuquerque; A. G. C. Alves; A. C. B. L. e Silva e V. A. Da Silva (Orgs.). Atualidades em Etnobiologia e Etnoecologia. Recife: Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia. Recife, PE, Ed. SBEE. 151p.

Amorozo, MDM. 2013. Sistemas agrícolas de pequena escala e a manutenção da agrobiodiversidade–uma revisão e contribuições. Rio Claro, SP: Edição do autor. 120p.

Bernard, HR. 2012. Social research methods: Qualitative and quantitative approaches. Sage. 803p.

Diegues, AC. (1993). O mito moderno da natureza intocada: populações tradicionais em unidades de conservação. NUPAUB-USP, São Paulo. 170p.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e estatística. Cidades. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=510685&search=mato-grosso|porto-estrela. Acesso em 19 de agosto de 2016.

Forline, L. 2007. Áreas antrópicas: de onde vieram e para quem funcionam? In: Albuquerque, UP, Alves, AG e Araujo TAS (Orgs.) Povos e paisagens: etnobiologia, etnoecologia e biodiversidade no Brasil. Recife: NUPEEA/UFRPE. 148p.

Galluzzi, G, Eyzaguirre, P and Negri, V. 2010. Home gardens: neglected hotspots of agro-biodiversity and cultural diversity. Biodiversity and Conservation, 19(13), 3635-3654.

Grisa, C. 2007. Para além da alimentação: papéis e significados da produção para autoconsumo na agricultura familiar. Revista Extensão Rural, 14(1), 13-54.

Goodman, LA. 1961. "Snowball Sampling." Annals of Mathematical Statistics 32(1):148-170.

Londres, F. 2014. Sementes da diversidade: a identidade e o futuro da agricultura familiar. Agriculturas. (11) 1, 04-11.

Lyra, DH, Sampaio, L. S, de Almeida Pereira, D e Amaral, CLF. 2011. Conservação on farm da agrobiodiversidade de sítios familiares em Jequié, Bahia, Brasil. Revista Ceres, 58(1), 69-76.

Martin, GJ. 1995. Ethnobotany: a methods manual (Vol. 1). Earthscan. 263p.

Mendes, RR. 2005. Manejo e uso da vegetação nativa por agricultores tradicionais da comunidade Santana, região da Morraria, Cáceres-MT. Dissertação de Mestrado em Agricultura Tropical. Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. Cuiabá. 103p.

MMA. 2015. Plano de Manejo: Estação Ecológica Serra das Araras. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, Brasília.

Oliveira, RC de. 2006. Uso e manejo de recursos nos arredores das residências de camponeses: estudo de caso na região de Morraria, Cáceres, MT. Dissertação de Mestrado em Agricultura Tropical. Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. Cuiabá. 166 p.

Pasa, MC, ÁVILA, G. de. 2010. Ribeirinhos e recursos vegetais: a etnobotânica em Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil. Interações. Campo Grande, (11)2. 195-204.

Posey, DA. 1986. Manejo da floresta secundária, capoeiras, campos e cerrados (Kayapó). In: Suma etnológica brasileira: Etnobiologia, Petrópolis: Vozes. Edição atualizada do Handbook of South American Indians. 1, Petrópolis, RJ.

Ribeiro, JF; Walter Fiho, B. M. T. 2008. As Principais Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In: Cerrado: ecologia e flora. Embrapa Cerrados, Brasília – DF: Embrapa Informação Tecnológica.

Rigonato, VD e Almeida, M. 2004. Cerrado: a fitofisionomia e a inter-relação com as populações tradicionais. Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, 2(1), 39-53.

Rodrigues, LC, Neves, RJ, Carniello, MA, Santos, JSV dos. 2015. Caracterização sociocultural da região do Taquaral: Comunidade Nossa Senhora da Guia, Cáceres, MT, Brasil. Revista de Geografia (UFPE). 32(3), 87-104.

Santos, TM dos. 2015. Estudo etnobotânico nas propriedades estabelecidas na região de nascentes de água do assentamento Laranjeira I, Cáceres, Mato Grosso. Dissertação de mestrado em Ciências Ambientais. Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, Cáceres. 163 p.

Santos, TA, Carniello, MA e Barros, FB. 2016. Práticas Agroecológicas e Conhecimentos Tradicionais na Chácara Santo Antônio, Cáceres-MT, Brasil. Revista Gaia Scientia. 10(4).

Valadão, RM. 2012. Birds of the Estação Ecológica Serra das Araras, Mato Grosso, Brazil. Biota Neotropica, 12(3), 263-281.

Viertler, RB. 2002. Métodos Antropológicos como Ferramenta para Estudos em Etnobiologia e Etnoecologia. p.11-29. In: Amorozo, MCM de, Ming, LC, Silva, SM. P da. Métodos de Coleta e Análise de dados em Etnobiologia, Etnoecologia e Disciplinas Correlatas. Seminário de Etnobiologia e Etnoecologia no Sudeste. Rio Claro: Coordenadoria da Área de Ciências Biológicas – Gabinete do Reitor – UNESP/CNPq. 204p.

Downloads

Publicado

2018-04-21

Como Citar

LUANA AUXILIADORA APOITIA OURIVES; CARNIELLO, M. A. Práticas tradicionais e conhecimentos associados ao uso e manejo da agrobiodiversidade nas comunidades rurais Saloba Grande e Novo Oriente, Porto Estrela, MT, Brasil. Gaia Scientia, [S. l.], v. 12, n. 1, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.34467. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/gaia/article/view/34467. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais