Zoneamento agroecossistêmico e social: uma comprenssão sistêmica sobre a comunidade Apiques, assentamento Maceió, Itapipoca-CE
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2017v11n1.37841Resumo
Atendendo aos princípios da abordagem sistêmica, o zoneamento caracteriza-se como uma ferramenta que permite compreender como os espaços são e estão organizados a partir da delimitação de alguns critérios norteadores. Assim, o artigo ora apresentado traz como principal objetivo compreender, através do Zoneamento Agroecossistêmico e Social, como as atividades produtivas e formas de sociabilidade configuram a organização do espaço na comunidade Apiques, localizada no Assentamento Maceió, município de Itapipoca-CE. Para tanto, intenciona-as identificar quais são as práticas produtivas e de interações sociais ocorridas na comunidade, assim como refletir sobre os processos que amalgamam o modo de vida dos sujeitos com a natureza. Os dados apresentados são recorte de uma pesquisa de mestrado que utilizou como principal metodologia a Análise Diagnóstico de Sistemas Agrário (ADSA) que para efeito deste artigo, trouxe os resultados provenientes das etapas da ADSA, Leitura de Paisagem e Caminhada Transversal. Como resultados foram identificadas quatro zonas: Região de dunas, espaço de lazer e observação da paisagem local; Zona litorânea, espaço construído a partir da reciprocidade; Espaço de plantio de coqueiros e seus múltiplos significados e Zona de uso social, quintais produtivos e partilha de saberes. Deste modo, Zoneamento Agroecossistêmico e Social e as vozes anunciadas dos sujeitos, demonstram que o espaço rural se desenha e redesenha a partir da pluralidade destes, na perspectiva da construção de um território pluridentitário, que se reafirma e se justifica na relação com os recursos naturais e seus ciclos.