Convivendo com a diversidade: a percepção camponesa sobre o impacto da fauna silvestre nas lavouras do Assentamento Colônia Nova, Nioaque, MS
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2019v13n3.46045Resumo
O objetivo deste estudo foi compreender aspectos da relação conflituosa na interface humano e fauna silvestre (Chordata: Vertebrata) no Assentamento Colônia Nova, município de Nioaque, Mato Grosso do Sul, com o intuito de contribuir para a compreensão das interações entre humanos e animais que coabitam o mesmo território. Foram entrevistados 30 camponeses que em sua totalidade percebem que o ataque de animais silvestres em suas lavouras aumentou no decorrer dos anos. A maioria (65%) acredita que esse aumento está relacionado ao desmatamento. Os psitacídeos (Psittaciformes: Psittacidae) (75%) foram apontados como sendo os grandes responsáveis pelo ataque às lavouras e o milho (Zea mays, L.) (44%) como sendo a principal lavoura atacada. A preservação da mata nativa (80%) seria a melhor solução a longo prazo para evitar danos às lavouras. A maioria dos entrevistados (60%) acredita que o dano animal ás lavouras não contribuiu para a desistência na produção agrícola do Assentamento. As dificuldades encontradas se referem principalmente ao preço elevado de insumos (77%). A comunidade compreende que mesmo que os animais silvestres ocasionem perdas na produção, fazem parte da biodiversidade e das relações ecossistêmicas.
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