Princípios FAIR e melhores práticas do Linked Data na publicação de dados de pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2358-3908.2018v5n2.44812Resumen
As tecnologias da Web Semântica, seguindo as melhores práticas do Linked Data, proporcionam benefícios para a publicação de dados na Web. Os princípios FAIR orientam que os dados de pesquisa sejam publicados para serem encontráveis, acessíveis, interoperáveis e reusáveis. Contudo, não sugerem tecnologias específicas para sua implementação. Dessa forma, este estudo tem como objetivo identificar a possibilidade de publicar dados de pesquisa seguindo os princípios FAIR: Findable, Accessible, Interoperable, Re-usable, a partir da adoção das tecnologias da Web Semântica, por meio do Linked Data, como solução efetiva de sua implementação no ambiente Web. Esta pesquisa é de natureza qualitativa, do tipo descritiva-exploratória. Para tanto, descreveu sobre os dados de pesquisa em seu contexto tipológico e, em seguida, sobre os princípios FAIR e sobre o Linked Data. O Linked Data foi detalhado no conjunto de melhores práticas para publicação de dados na Web e seus benefícios. No segundo momento, analisou as orientações dos princípios FAIR e buscou, nas melhores práticas do Linked Data, as diretrizes e tecnologias apropriadas para publicação de dados de pesquisa na Web, de forma a atender os princípios FAIR. Como resultado, obteve-se que das trinta e cinco melhores práticas recomendadas, a adoção das tecnologias indicadas nas categorias metadados, licença, proveniência, identificadores, formatos, vocabulários e acesso a dados atendem aproximadamente oitenta por cento (80%) das orientações de FAIR para publicação de dados de pesquisa na Web, de forma a permitir aos dados, novos significados em pesquisas colaborativas e interdisciplinares.
Descargas
Citas
BERNERS-LEE, T.; HENDLER, J.; LASSILA, O. The Semantic Web: a new form of Web content that is meaningful to computers will unleash a revolution of new possibilities. Scientific American, New York, 17 may 2001.
BERNERS-LEE, T. Linked Data. 2006. Disponível em: <https://www.w3.org/DesignIssues/LinkedData.html>. Acesso em: 13 jun. 2018.
BORGMAN, C. Research data: who will share what, with whom, when, and why? In: CHINA--NORTH AMERICAN LIBRARY CONFERENCE, 5., 2010, Beijing. Disponível em: <http://www.ratswd.de/download/RatSWD_WP_2010/RatSWD_WP_161.pdf >. Acesso em: 13 jun. 2018.
FORCE11. The Future of Research Communications and e-Scholarship. Guiding principles for findable, accessible, interoperable and reusable data publishing version B1.0. 2014. Texto digital. Disponível em: < https://www.force11.org/fairprinciples>. Acesso em: 13 jun. 2018.
GREEN, A.; MACDONALD, S.; RICE, R.. Policy-making for research data in repositories: a guide. May 2009 Version 1.2. Disponível em:
<https://www.coar-repositories.org/files/guide.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2018.
IBICT. INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA. Manifesto de acesso aberto a dados de pesquisa brasileira para Ciência Cidadã. 2016. Texto digital. Disponível em: <http://www.ibict.br/Sala-de-Imprensa/noticias/2016/ibict-lanca-manifesto-de-acesso-aberto-a-dados-da-pesquisa-brasileira-para-ciencia-cidada/#_ftn1>. Acesso em: 7 dez. 2017.
ISOTANI, S.; BITTENCOURT, Ig I. Dados abertos conectados. São Paulo: Novatec, 2015. Disponível em: <http://ceweb.br/livros/dados-abertos-conectados/>. Acesso em: 10 nov. 2017.
LÓSCIO, B. F.; BURLE, C.; CALEGARI, N. Data on the Web best practices. W3C, 2017. Texto digital. Disponível em: < https://www.w3.org/TR/dwbp/> . Acesso em: 02 jun. 2018.
NATIONAL REARCH COUNCIL. A question of balance: private rights and the public interest in scientific and technical databases. Washington: NRC, 1999. Disponível em: <https://www.nap.edu/read/9692/chapter/1#ii>. Acesso em: 02 jun. 2018.
NATIONAL SCIENCE BOARD. Long-lived digital data collections: enabling research and education in the 21st century. Alexandria, USA: National Science Foundation, 2005. Disponível em: <https://www.nsf.gov/pubs/2005/nsb0540/nsb0540.pdf>. Acesso em: 2 jul. 2018.
PIRES, M. T. Guia de dados abertos. São Paulo: NIC.br, 2015. Disponível em: <http://ceweb.br/guias/dados-abertos/>. Acesso em: 08 ago. 2018.
OPEN KNOWLEDGE INTERNATIONAL. The open data handbook. 2004. Disponível em: <http://opendatahandbook.org/guide/en/what-is-open-data/>. Acesso em: 24 set. 2017.
ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT (OECD). Principles and Guidelines for Access to Research Data from Public Funding. OECD, 2007. Disponível em: <http://www.oecd.org/sti/sci-tech/38500813.pdf >. Acesso em: 10 nov. 2017.
RILEY, J. Understanding metadata: what is metadata, and what is it for? Baltimore, MD: NISO Primer, 2017. Disponível em:< http://www.niso.org/apps/group_public/download.php/17446/Understanding%20Metadata.pdf> . Acesso em: 02 jun. 2018.
SAYÃO, L. F.; SALES, L. F. Guia de gestão de dados de pesquisa para bibliotecários e pesquisadores. Rio de Janeiro: CNEN, 2015.
SIMIONATO, A. C. Mapeamento dos metadados para dados científicos. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 18. 2017. Marília, SP: UNESP, 2017. Disponível em: <http://enancib.marilia.unesp.br/
index.php/xviiienancib/ENANCIB/paper/viewFile/563/874>. Acesso em: 6 jun. 2018.
TENOPIR, C. et al. Changes in data sharing and data reuse practices and perceptions among scientists worldwide. PLoS One, v. 10, n.8, 2015. DOI 10.1371/journal.pone.0134826
WILKINSON, M. et al. The FAIR guiding principles for scientific data management and stewardship. Sci Data, n. 3, 2016. DOI: 10.1038/sdata.2016.18