AS CATEGORIAS CULTURA, HISTÓRIA E LIBERDADE COMO VECTORES NA EVOLUÇÃO E LEGITIMAÇÃO DA FILOSOFIA AFRICANA

Autores

  • Rosa Alfredo Mechiço Universidade Pedagógica de Maputo

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v11i2.53255

Palavras-chave:

Categoria, Cultura, História, Liberdade, Evolução, Legitimação

Resumo

A filosofia africana é uma experiência/vivência e atitude humana, fruto da integridade e singularidade da cultura e das interações sociais, construída na ordem do acontecimento e do conhecimento. Apresenta-se como um dos instrumentos de tomada de consciência da identidade e alteridade do negro, uma das formas de regaste e reconhecimento da dignidade da cultura e dos valores do negro, um dos meios de negação da sua subalternização e submissão, resultado do mito da suposta superioridade do Ocidente (pressuposto da antropologia da Luzes) que levou à descriminação racial, cultural e ontolológica do Negro, igualmente, apresenta-se como condição da emancipação e contributo para a concretização da liberdade e da história do homem negro, na qual ele já não é figurante mas protagonista (sujeito e senhor) da sua história e do próprio destino. O estatuto e a legetimidade da filosofia africana encontram eco no interior da autencidade dos paradigmas e referenciais africanos, tais como a ética africana negra, estética negra africana, religiosidade africana, arte africana, o conceito de concepção familiar africana, tradição e sabedoria africanas (crenças colectivas, contos morais, lendas didácticas, aforismos, provérbios).

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Publicado

22-07-2020