DISCUSSÕES SOBRE IDENTIDADE DE GÊNERO E AS TENSÕES NO AMBIENTE ESCOLAR

Autores

  • Rosana Nascimento Mota Ferreira UFPR/SME-Curitiba
  • Karen Franklin UFPR

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v11i3.53752

Palavras-chave:

Conceitos de identidade, Gênero, Educação, Políticas públicas

Resumo

O presente artigo aborda diferentes concepções sobre as teorias de formação da identidade, discutindo suas implicações nas propostas de políticas públicas para a educação. Nesse intuito, a apresentação da questão de forma panorâmica é fundamental, pois demonstra que não há apenas uma abordagem da questão. A discussão parte da perspectiva filosófica, mas inclui outras contribuições igualmente importantes, como das áreas da neurologia, psicologia, teologia, biologia e antropologia. A temática da identidade não se restringe apenas a uma perspectiva do humano, logo as discussões perpassam as múltiplas visões que tornam a temática da identidade uma questão do agora. A primeira parte aborda a questão da manutenção da liberdade de divergir, através da legitimação da discordância diante dos problemas enfrentados pelos educadores. A segunda parte apresenta cinco concepções sobre a formação da identidade, a saber: a perspectiva da construção social; a performance de gênero; o uniessencialismo de gênero; o determinismo biológico; e, perspectiva cristã da identidade. Para finalizar, apresenta-se o problema da escolha da perspectiva identitária nos referencias para a educação e suas possíveis consequências políticas e sociais. A problemática da opção unilateral feita pelo Estado brasileiro gera conflitos internos e externos ao ambiente escolar. Assim, a reflexão final, sob a teoria de John Rawls, busca abrir a perspectiva sobre como uma sociedade justa pode observar os princípios que garantem a liberdade individual, a justiça e a igualdade de condições para todos.

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Publicado

08-10-2020

Edição

Seção

ENSINO DE FILOSOFIA E QUESTÕES DE GÊNERO (2020)