ANÁLISE ACÚSTICA DA PRODUÇÃO DA FRICATIVA INTERDENTAL NÃO VOZEADA DO INGLÊS POR APRENDIZES BRASILEIROS VIA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

Autores

  • Anilda Costa Alves

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2019v14n1.48972

Resumo

A fricativa interdental não vozeada é um segmento de difícil acesso para aprendizes brasileiros de inglês como segunda língua. Tal dificuldade justifica-se pela ausência do segmento no inventário fonológico da língua materna dos aprendizes. Algumas pesquisas brasileiras se propuseram a analisar como se dá a aquisição desse segmento, no entanto, são poucos os trabalhos que buscam verificar o papel da consciência fonológica para o processo de manipulação do fonema-alvo. De tal forma, esse artigo busca analisar como dois grupos distintos de aprendizes se comportam linguisticamente diante do fonema em estudo, a saber, a fricativa interdental não vozeada da língua inglesa. Tais grupos foram divididos com base no tipo de orientação que receberam acerca dos aspectos fonético-fonológicos da língua-alvo. Um dos grupos obteve instrução explícita no que tange às principais diferenças entre a fonologia do inglês e do português, enquanto o outro grupo não foi condicionado a notar as mesmas peculiaridades. O trabalho tem como base a Sociolinguística Variacionista, Labov (2008 [1972]); a Aquisição de L2 (JENKINS, 2000; ALVES, 2012) e a teoria acústica de produção da fala (BARBOSA & MADUREIRA, 2015; CHIBA & KAJIYAMA, 1941; FANT, 1960). Atrelada à aquisição de segunda língua, a Sociolinguística tem como objetivo investigar fatores múltiplos que condicionam os processos de variação na fala dos aprendizes. Já a análise acústica fornece segurança na parte interpretativa dos dados, o que descarta possíveis erros no julgamento das produções. O material coletado foi tratado no programa computacional praat, versão 5.3 (BOERSMA & WEENINK, 2014), em seguida, codificado e analisado quantitativamente através do GOLDVARB X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005), a fim de verificar os fatores que atuam como condicionadores para o processo de variação na fala dos aprendizes. Os resultados obtidos demonstram eficácia maior de produção da fricativa no grupo de aprendizes que recebeu instrução explícita acerca de distinções fonético-fonológicas do inglês em relação ao sistema linguístico do português brasileiro.

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Publicado

2019-11-08

Como Citar

Costa Alves, A. . (2019). ANÁLISE ACÚSTICA DA PRODUÇÃO DA FRICATIVA INTERDENTAL NÃO VOZEADA DO INGLÊS POR APRENDIZES BRASILEIROS VIA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA. PROLÍNGUA, 14(1), 25–34. https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2019v14n1.48972