MANUEL BANDEIRA E O PORTUGUÊS DO BRASIL

Autores

  • André Cervinskis UEPB

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2020v15n1.52436

Palavras-chave:

Manuel Bandeira e o português do Brasil, Manuel Bandeira, Idioma nacional

Resumo

RESUMO: A procura dessa brasilidade, portanto, perpassa toda obra poética de Bandeira, desde a valorização da cultura popular, do jeito de ser do brasileiro, até a defesa de um português do Brasil. Desde os inícios do Modernismo, Bandeira se posicionou a favor de um português do Brasil, uma variante do português, mas que conservou características da miscigenação, empreendida aqui pelo colonizador, defendendo que a fala do povo deveria ter lugar nos romances nacionais, como o fazia Mário de Andrade. E essa singularidade, na maneira de escrever e falar do brasileiro, foi assumida categoricamente por Manuel Bandeira, depois de impulsionada por Mário de Andrade, especialmente por meio das inúmeras crônicas que escreveu e da correspondência mantida com ele, por mais de 20 anos. Na sua poesia, encontramos traços de brasilidade, como a religiosidade dessacralizada (trato informal e afetivo com os santos); valorização da oralidade e da cultura popular (a voz do povo recheada de falares e gírias), manifestando a influência cultural das três identidades que formam a brasileira (a europeia, a indígena e a africana). E essa mesma voz apareceria de forma implícita ou velada, mas sempre com propriedade, sem maiores censuras, em muito de sua produção em prosa também, com suas crônicas semanais no jornal A província, de Recife, e nos periódicos do Rio de Janeiro, especialmente o Jornal do Brasil, entre as décadas de 20 e 30. Este artigo procura discutir a opinião de Manuel bandeira sobre o idioma nacional (português do Brasil), centrado em questões de nacionalidade e identidade através de expressões linguísticas e literárias, tanto em seus versos quanto em suas crônicas.

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Publicado

2020-10-26

Como Citar

Cervinskis, A. (2020). MANUEL BANDEIRA E O PORTUGUÊS DO BRASIL. PROLÍNGUA, 15(1), 134–144. https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2020v15n1.52436