Partidos, eleições e desigualdades em saúde nos municípios brasileiros

uma análise relacional a partir dos fatores políticos, de gestão e da dependência do sistema público

Autores/as

  • Gabriel Santana Machado EAESP/FGV

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2525-5584.2021v6n3.60028

Palabras clave:

desigualdades, saúde, capacidade estatal, esquerda, eleições

Resumen

Este trabalho objetiva identificar de que forma os fatores políticos se relacionam com as desigualdades em saúde a partir da abordagem das capacidades estatais, considerando que estas indicam uma condição necessária para uma redução potencial das desigualdades em saúde. Para isso foi formulado um indicador sintético de capacidades estatais em saúde para os 5.570 municípios brasileiros de 2013 a 2015, e por meio de análises descritivas e modelos econométricos de regressão de dados em painel e regressão logística se buscou responder às seguintes perguntas: (I) a dependência dos eleitores sobre o sistema público de saúde se correlaciona com os níveis de capacidade estatal em saúde e consequentemente nos níveis de desigualdade ?; (II) os partidos de esquerda reduzem mais as desigualdades em saúde em relação aos outros partidos?; e (III) os governos municipais que reduzem as desigualdades em saúde são recompensados politicamente por meio da reeleição? Os resultados indicam que (I) maiores níveis de dependência se correlacionam com maiores níveis de capacidade estatal; (II) os partidos de esquerda não reduzem mais as desigualdades em saúde; (III) os eleitores recompensam os governos municipais pela redução das desigualdades em saúde, embora não haja um padrão unanime em relação a este aspecto.

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Publicado

2022-04-26