A “NOVA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA” E A BUSCA POR UMA PARADIPLOMACIA ANTI-NEGACIONISTA

Autores/as

  • Cairo Junqueira UFS
  • Ian Filipe Costa Araújo UFS
  • Jaqueline Victória Santana Silva UFS

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2525-5584.2022v7n1.61271

Palabras clave:

Paradiplomacia, Governos Estaduais, Consórcio Nordeste, Política Externa Brasileira, Governo Bolsonaro

Resumen

Governos subnacionais, como cidades e estados brasileiros, ocupam espaços e agem mais diretamente em atividades que antes competiam majoritariamente aos Estados. A eleição de Jair Bolsonaro modificou muitos aspectos governamentais, sendo que a política externa representa uma esfera de grande reviravolta. Partimos da hipótese de que o tom menos conciliador e progressivamente agressivo adicionado a uma agenda empregada à “Nova Política Externa Brasileira” entre 2019 e 2021 promoveram desequilíbrios federativos que se chocaram com interesses dos governos subnacionais. Consequentemente, os governos estaduais aumentaram suas projeções e diálogos internacionais, gerando novos contornos ao processo comumente denominado de paradiplomacia. Esse foi o caso dos estados nordestinos que, por meio do Consórcio Nordeste, promoveram ações internacionais de relativa contraposição ao governo federal. Valendo-se de revisão bibliográfica e prospecção de notícias na mídia, procuramos demonstrar que tais ações internacionais foram alternativas adotadas em oposição às orientações da política exterior do Governo Bolsonaro e da agenda diplomática de Ernesto Araújo. O debate proposto e os resultados encontrados servem para sustentar os estudos contemporâneos sobre atores subnacionais no Brasil, trazendo luz a um novo período de sua paradiplomacia por vezes enquadrada como uma prática de contestação, antagonismo ou confronto ao governo central, desvencilhando-se dos discursos negacionistas.

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Biografía del autor/a

Cairo Junqueira, UFS

Professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe (DRI/UFS). Doutor em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP, PUC-SP). Mestre em Relações Internacionais, com ênfase em Política Internacional e Comparada, pela Universidade de Brasília - Instituto de Relações Internacionais (UnB/IREL). Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Franca (UNESP/FCHS). Foi Pesquisador Visitante junto à Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Buenos Aires (UBA) - PPCP/Mercosul/CAPES. Atualmente é membro do Grupo de Reflexión sobre Integración y Desarrollo en América Latina y Europa (GRIDALE), Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPPs) e Fórum Universitário Mercosul (FoMerco), além de ser colaborador do Projeto de Extensão Internacionalização Descentralizada em Foco (IDeF). Por fim, é vice-coordenador do Observatório de Regionalismo (ODR) e coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Política Internacional e Sul-Americana (GP-SUL) com as seguintes linhas de interesse: Instituições Internacionais, Integração Regional, Regionalismo e Paradiplomacia.

Ian Filipe Costa Araújo, UFS

Graduando em Relações Internacionais - Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Jaqueline Victória Santana Silva, UFS

Graduanda em Relações Internacionais - Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Publicado

2022-08-16