Universidades e Institutos de Pesquisa como Atores de Política Externa na China

Autores

  • João Ricardo Cumarú Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) http://orcid.org/0000-0003-3610-3127
  • Renan Holanda Montenegro Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2525-5584.2020v5n3.55324

Palavras-chave:

china, política externa, processo decisório, universidades, think tanks

Resumo

Em paralelo ao adensamento da projeção internacional da República Popular da China, está em curso um amplo processo de descentralização decisória e proliferação de atores em sua política externa. Em consequência, a miríade de questões com as quais o país precisa lidar no âmbito global tem acelerado a profissionalização da burocracia especializada, bem como demandado expertise no aconselhamento oficial. O presente artigo tem o objetivo de investigar o papel das universidades e institutos de pesquisa diante desse cenário. Para tanto, o trabalho apresenta, de início, uma breve retrospectiva da política externa chinesa contemporânea e uma visão geral a respeito das tendências recentes envolvendo o processo decisório. Em seguida, buscamos desvendar como funcionam os canais de interlocução entre os diversos think tanks chineses e as lideranças responsáveis pela implementação política de facto, norteando a discussão através de uma perspectiva histórica. Esperamos, assim, prestar uma contribuição aos estudos hodiernos sobre a complexificação da atuação internacional da China e as dificuldades de coordenação que daí emergem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Ricardo Cumarú, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Cientista Político, especialista em Planejamento e Gestão Pública (UPE) e mestre em Ciência Política (UFPE). Pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Regionais e do Desenvolvimento (D&R-UFPE) e do Instituto de Estudos da Ásia (IEASIA?UFPE). Realiza consultoria e pesquisa nas áreas de Análise de conjuntura política e tendências, Cooperação para o Desenvolvimento e Política Internacional, com foco em América Latina, África e China, com estudos publicados em periódicos nacionais e congressos internacionais. Tem experiência internacional como voluntário no Quênia, além de projetos de empreendedorismo social, educação política para jovens da Rede Pública de Ensino de Pernambuco. É membro da Rede Brasileira de Estudos da China (RBChina). Tem interesse e desenvolve trabalhos nas áreas de Políticas Energéticas; Desenvolvimento chinês; Relações China-África; Relações Sul-Sul; Economia Política Internacional; Cooperação Internacional.

Renan Holanda Montenegro, Universidade Federal de Pernambuco

Atualmente é pesquisador de Pós-Doutorado (PNPD/Capes) junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCP-UFPE) e professor substituto vinculado ao Departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutor em Ciência Política (UFPE, 2019) com período de mobilidade na Universidade Nova de Lisboa. Possui mestrado em Relações Internacionais (UERJ, 2013) e graduação em Comunicação Social - Jornalismo (UNICAP, 2009). Formação complementar em métodos quantitativos e qualitativos. Foi professor substituto no curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe (2017-2019). Filiado à Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e à Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). Pesquisador Associado do Instituto de Estudos da Ásia e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Regionais e do Desenvolvimento (D&R), ambos ligados à UFPE. Tem interesse e desenvolve trabalhos nas áreas de Ciência Política e Relações Internacionais, atuando sobretudo em temas sobre política externa chinesa. 

Publicado

2020-12-28