CLIO NO TRIBUNAL: RAZÃO POÉTICA E RAZÃO ESTRUTURAL CONTRA A HISTÓRIA

Autores

  • José Oliver Faustino Barreira Instituto Federal de Brasília
  • Michelle dos Santos Universidade Estadual de Goiás

Palavras-chave:

Estruturalismo. Poética. História.

Resumo

Referindo-se à história como um método sem objeto, Lévi-Strauss aponta o caráter paradoxal do conhecimento histórico, isto é, conhecimento que não descreve e analisa as leis de seu objeto. Reduzindo a história ao relato do particular, Aristóteles declara a inconsistência da narrativa histórica incapaz de produzir um objeto literário segundo as leis da necessidade e da verossimilhança. A história trata das coisas que sucederam, isto é, diz o particular, pois não propõe tipos, modelos, nem extrai de sua narrativa significados universais. Significante comum a ambos, a história em Aristóteles adquire seu significado a partir do modelo narrativo da poíēsis trágica: mỷthos e mímesis. Em Lévi-Strauss, o significado da história é recolhido segundo o grau de cientificidade do método estrutural. Deduzindo regularidades e demonstrando a universalidade de modelos ou de sistemas comunicativos e de classificação, Lévi-Strauss reencontra o homem antes da história, isto é, nas leis e operações inconscientes que formam o repertório da humanidade. Não obstante as diferenças há um ponto em que as duas críticas se comunicam: a fragilidade ontológica e epistemológica da história. Pontos de partida não semelhantes, mas resultados que se aproximam, portanto.

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Biografia do Autor

José Oliver Faustino Barreira, Instituto Federal de Brasília

Mestre em História Social pela Universidade de Brasília. Professor do Instituto Federal de Brasília.

Michelle dos Santos, Universidade Estadual de Goiás

Doutoranda em Educação, Tecnologias e Comunicação pela Universidade de Brasília. Professora da Universidade Estadual de Goiás, Campus Formosa.

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Publicado

2015-06-30

Como Citar

BARREIRA, J. O. F.; SANTOS, M. dos. CLIO NO TRIBUNAL: RAZÃO POÉTICA E RAZÃO ESTRUTURAL CONTRA A HISTÓRIA. Sæculum - Revista de História, [S. l.], n. 32, p. 183, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/27097. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê