TÃO PERTO, TÃO LONGE: O ESPECTADOR DE CINEMA ILHADO NA PONTE
Palavras-chave:
Hollywood, Cineclubes, Ser do Espectador, Mediador, Educação do olharResumo
O presente artigo visa problematizar o consenso de o imperialismo do cinema estadunidense, por si só, poder explicar a contento a redução da produção de narrativas fílmicas não pautadas pelo mainstream hollywoodiano. Elegendo como interlocutor central as balizas teóricas e metodológicas de Michel Foucault, pretendo argumentar como os regimes de descrição inventados pelos cineclubes brasileiros e portugueses a partir da década de 1950 acerca da opacidade das consciências alienadas pela invasão de narrativas cinematográficas que obscureciam a transparência da relação do espectador consigo não representavam a plataforma de partida para a reconquista do domínio de si. Antes, eram a condição de possibilidade da disponibilização do ser do espectador para processos de intervenção de mediadores, uma forma de tutela que não foi confiada à constatação da incapacidade do espectador, mas à operações mais complexas, que envolviam, em larga medida, a construção de um modelo específico de educação do olhar.Downloads
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Publicado
2016-12-31
Como Citar
ZANONI, F. de G. D. P. TÃO PERTO, TÃO LONGE: O ESPECTADOR DE CINEMA ILHADO NA PONTE. Sæculum - Revista de História, [S. l.], n. 35, p. 25–45, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/28693. Acesso em: 18 dez. 2024.
Edição
Seção
Dossiê