Recolhimento, recrutamento e captura de crianças no Ceará Oitocentista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2019v0n40.44205

Palavras-chave:

Recrutamento, Companhia de Aprendizes Marinheiros, Família.

Resumo

Este artigo trata do recrutamento de meninos pobres para a Companhia de Aprendizes Marinheiros do Ceará, fundada durante a Guerra do Paraguai. As formas como os garotos foram internados na instituição, muitas vezes sem o consentimento de seus familiares, demonstram as arbitrariedades do Estado na formação das Forças Armadas no Brasil Imperial. O texto analisa as múltiplas resistências populares contra o alistamento de crianças, as tentativas de mães e avós de reaverem seus filhos antes de serem enviados ao Corpo de Marinheiros e as tensões políticas e jurídicas que perpassavam as configurações familiares nos oitocentos, destacando a insistência de mulheres pobres, especialmente as mães solteiras, em exercerem autoridade sobre a própria família, longe da intervenção do Estado. Para tanto, foram utilizadas fontes oficiais (documentos da Presidência da Província, decretos imperiais, falas ministeriais, ofícios e circulares), notícias coletadas nos principais jornais locais do período estudado, além de livros de memórias e publicações da Marinha do Brasil.

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Biografia do Autor

Ana Cristina Pereira Lima, Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em História (2005) e mestrado em História Social pela Universidade Federal do Ceará (2009). Atualmente cursa Doutorado em História na Universidade Federal do Ceará e é professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN/Campus Canguaretama.

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Publicado

2019-07-06

Como Citar

LIMA, A. C. P. Recolhimento, recrutamento e captura de crianças no Ceará Oitocentista. Saeculum, [S. l.], n. 40, p. 131–149, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2019v0n40.44205. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/44205. Acesso em: 28 mar. 2024.