Ser coadjuvante ou protagonista no cenário político: o impasse das primeiras-damas

Autores

  • Dayanny Rodrigues Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2019v24n41.47108

Resumo

O papel de primeira-dama na cultura política brasileira dos séculos XX e XXI se constituiu enquanto uma figura marcada pelas relações de gênero e fomentada para atuar de forma a legitimar os anseios políticos do Estado. Esse papel começou a ser delineado na passagem da década de 1930 para 1940, momento em que Darcy Vargas, por meio de sua trajetória de atuação junto à serviços assistenciais, cria e assume a presidência do primeiroórgãos governamental de assistência social do Brasil, a Legião Brasileira de Assistência –LBA. Ao ser redigida, no decorrer dos anos 2000, a frase “bela, recatada e do lar”, fazendo referência a primeira-dama do país, Marcela Temer, evidencia-se como os atributos ditos “femininos” são utilizados para encorpar a figura social da primeira-dama. Dessa forma, o trabalho tem como objetivo discutir a constituição social do papel de primeira-dama na sociedade brasileira pontuando sua relação com a discussões em torno das questões de gênero, bem como discutir se as atuações dessa figura social se apresentam enquanto protagonistas ou coadjuvantes no campo político brasileiro. O estudo foi desenvolvido sob a perspectiva da História Política dita “Renovada” e dos Estudos de Gênero”. O papel de primeira-dama figura-se entre o protagonismo e o coajduvantismo. Vale destacar que embora esse papel social tenha sido pensado e elaborado como meio de suporte às práticas dos esposos governantes, muitas primeiras-damas exerceram papel de destaque, construindo trajetória de atuação própria.

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Biografia do Autor

Dayanny Rodrigues, Universidade Federal de Goiás

Graduada e mestre em História pela Universidade da Paraíba. Doutoranda em História pela Universidade Federal de Goiás.

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Publicado

2019-12-15

Como Citar

RODRIGUES, D. Ser coadjuvante ou protagonista no cenário político: o impasse das primeiras-damas. Saeculum, [S. l.], v. 24, n. 41 (jul./dez.), p. 176–195, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2019v24n41.47108. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/47108. Acesso em: 25 abr. 2024.