Plantas em trânsito

a circulação de gêneros alimentícios e espécimes medicinais na construção da biodiversidade no Brasil Colonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2023v28n49.67414

Palavras-chave:

Circulação de plantas, Brasil Colonial, Plantas alimentícias, Plantas medicinais, História Global

Resumo

Essa escrita trata da análise e reflexão sobre a circulação de plantas utilizadas para fins alimentícios e medicinais durante o Período Colonial no Brasil, entre os séculos XVI e XVII. Nosso objetivo é analisar a forma como esses produtos transitaram por esse território, e quais as conexões que se estabeleceram com os continentes europeu, africano, asiático, além dos demais territórios americanos, sejam pelo trabalho missionário ou pelas trocas comerciais com as metrópoles. O ponto de partida é observar como se obteve o reconhecimento dessas plantas e as suas relações com os seres humanos no período, para então compreender como ocorreram os seus deslocamentos intercontinentais até chegarem ao Brasil. Outro aspecto é refletir sobre como a biodiversidade brasileira fora construída a partir do estabelecimento desses espécimes, alargando o conhecimento sobre este e diferentes lugares do globo, e modificando as noções de local e global.  Nessa perspectiva interessa-nos pensar os modos como esses itens alimentares ou curativos foram cultivados, pesquisados, explorados e consumidos para atender às necessidades dos diferentes contextos, perspectivando como a circulação contribuiu para a transformação de aspectos culturais em múltiplos territórios.

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Biografia do Autor

Larissa Patron Chaves, Universidade Federal de Pelotas

Larissa Patron Chaves é professora Associada do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas. Possui Graduação em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pelotas (1995), Mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2002), Doutorado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2008), com período de atuação em estágio de doutoramento na Universidade do Porto (Portugal) entre os anos de 2005 e 2006 e Pós Doutorado em História, pelo Centro de Investigação em Ciência Política da Universidade de Évora, Portugal (2019).Tem experiência na área de Arte e História, com ênfase em Teoria, História e Crítica de Arte, Metodologia da Pesquisa e Ensino da Arte. Coordena o Programa de Pós Graduação em Artes da Universidade Federal de Pelotas e integra o corpo docente permanente do Programa de Pós Graduação em História, Mestrado e Doutorado, da mesma Universidade. Atua principalmente nos seguintes temas: fronteiras e identidades disciplinares, imaginário e representações, imigração portuguesa, história colonial, iconografia sacra, história da arte e Arte Educação.

Mônica Lucas Leal de Macedo, Universidade Federal de Pelotas

Mônica Lucas Leal de Macedo é Arquiteta e Urbanista (UFPel-1997), mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural (UFPel-2020), doutoranda em História (UFPel). Atua na área de Ciências Humanas - Educação e cultura. É membro dos grupos internacionais de pesquisa: “Casas Senhoriais e Seus Interiores: Estudos Luso-brasileiros em Arte, Memória e Patrimônio” da Fundação Casa de Rui Barbosa-RJ e Universidade Nova de Lisboa; e “Identidades Luso-brasileiras e Conexão de Mundos: História e Representação no Mundo Luso-brasileiro” da Universidade Federal de Pelotas e Universidade de Évora.

Rafael Ferreira Costa, Universidade Federal de Pelotas

Rafael Ferreira Costa é doutorando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (PPGH-UFPel) e recebe apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. É bacharel e licenciado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – tendo concluído em 2015 e 2018, respectivamente – e mestre em História da Arte Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), concluído em 2017. Desenvolve pesquisas relativas à tratadística, à iconografia e à história da Ordem dos Frades Menores de São Francisco no Brasil, tendo como foco atual os estudos sobre a iconografia franciscana presente nos tetos dos conventos franciscanos do Nordeste.

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Publicado

2024-02-28

Como Citar

CHAVES, L. P.; MACEDO, M. L. L. de; COSTA, R. F. . Plantas em trânsito: a circulação de gêneros alimentícios e espécimes medicinais na construção da biodiversidade no Brasil Colonial. Sæculum - Revista de História, [S. l.], v. 28, n. 49, p. 142–158, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2023v28n49.67414. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/67414. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Deslocamentos e territorializações no Império português (XVI-XIX)