Rockers, recursos de encenação num filme emblemático sobre a cultura Rastafari
Resumo
Notoriamente o dualismo entre cinema ficcional e de não ficção perpassa toda a história da Sétima Arte. Nas últimas décadas a teoria do documentário começou a ganhar certa consistência epistemológica e também, certa autonomia perante a teoria do cinema, graças às contribuições de autores como Bill Nichols, Fernão Ramos, Sílvio Da-Rin e Marcius Freire, entre outros. Contudo, qualquer definição de filme não ficcional das pretensões conclusivas revela-se insuficiente e ambígua. O cerne do presente artigo é a questão da mise en scène, ou encenação, no filme jamaicano Rockers (1976). Surgido como documentário, o longa-metragem de Ted Bafaloukos veio adquirindo, durante a produção, uma diegese meramente ficcional e paradoxalmente, é na encenação peculiar de uma ficção como esta que vamos procurar elementos úteis para alimentar o debate sobre documentário.Palavras-chave: Cinema. Ficção. Documentário. Mise en scène. Comunicação.
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