Capas do jornal JÁ, corpo da mulher e o grotesco enquanto artifício publicitário
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2018v14n10.42302Resumo
Este artigo visa evidenciar a partir das proposições de Muniz Sodré e Raquel Paiva (2002) no livro O Império do Grotesco, como conceitos do grotesco recrudescem nas paisagens sensacionalistas das capas do jornal JÁ enquanto artificio publicitário. A intenção é realizar aproximação das capas com as categorias do grotesco trabalhadas pelos autores, verificar a elaboração dos discursos acerca do corpo da mulher que o configuram como elemento publicitário, mais que isso, objetificado e animalesco. O método de abordagem para a leitura deste objeto foi inicialmente por uma apreensão bibliográfica, descritiva e qualitativa, e o método de procedimento pela instrumentalização das categorias do grotesco. Concluímos que a utilização do corpo feminino atrelado aos discursos de violência, esporte etc. corroboram para a construção de narrativas grotescas que fortalecem estigmas, violências e preconceitos contra a mulher.
Palavras chave: Jornal JÁ. Capas, Grotesco. Corpo da Mulher.