Pseudônimos e heterônimos na esfera jornalística contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2018v14n10.42303Resumo
Este artigo busca discutir a função de pseudônimos e heterônimos nos gêneros discursivos reportagem e crônica – ambos da esfera jornalística. Por meio da reflexão semântico-funcional usual dos alônimos citados (nomes não oficiais) relacionada à privacidade autoral ou à viabilidade estético-discursiva chegamos à Circunspecção do onoma heteróclito, fenômeno onomástico que transforma o ortônimo – nome civil – em tabu, mitificando-o. Para detalharmos esse fato socioonomástico que recupera crenças onomástico-primitivas de que o nome corresponde à essência do nomeado e discutirmos suas consequências para a relação autor/leitor na esfera jornalística, valer-nos-emos de considerações de Biderman (1998), Amaral (2011) e Guérios (1956) aplicáveis ao uso de um pseudônimo e um heterônimo de destaque no contexto jornalístico em Língua Portuguesa, respectivamente Cid Martins, jornalista brasileiro do jornal Zero Hora, e António Sousa Homem, cronista português do jornal Correio da Manhã.
Palavras-chave: Antroponomástica. Pseudônimos. Heterônimos. Jornalismo.