Pós-modernidade: performance, fachada, vigilância e controle nos aplicativos de transporte particular
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2019v15n8.47410Resumo
No episódio Queda Livre, da série Black Mirror, a sociedade é totalmente controlada por avaliações, através de uma tecnologia no smartphone e conectada aos corpos das pessoas. Na vida real, semelhanças ocorrem nos aplicativos de transporte particular que se popularizaram nos últimos anos, como o Uber e 99, em diversas grandes cidades. Estas tecnologias utilizam avaliações bilaterais entre motoristas e passageiros com o intuito de oferecer uma melhor experiência para ambos mas promovem um controle no comportamento das pessoas. Com base nisso, este trabalho aborda uma perspectiva da sociedade pós-moderna que se apresenta com características performáticas e de fachada, próprias da identidade cultural contemporânea, formada por indivíduos que sofrem e geram coerção, reafirmando a ideia de vigilância e controle cotidiano.
Palavras-chave: Aplicativos de transporte. Black Mirror. Fachada. Performance. Pós-modernidade.