Uma hora do passado: a memória e o autorretrato (re)construído em Un’ora solla ti vorrei
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2020v16n2.50643Palavras-chave:
Autorretrato, Arquivo, Documentário, Alina Marazzi.Resumo
Na atualidade, com suas múltiplas possibilidades de discursos em primeira pessoa e inscrição subjetiva, se faz importante pensar como estes são constituídos. A partir do filme italiano Un’ora solla ti vorrei (2002, Alina Marazzi) nos propomos a pensar os modos de inscrição e construção subjetiva que o filme mobiliza, ao mesmo tempo em que trabalha a dinâmica de montagem de imagens de arquivo. Nesta obra, os filmes domésticos são o ponto de partida em conjunto com textos de diários para construir um autorretrato da protagonista já morta, Liseli. A diretora-filha propõe-se a conhecer a mãe com que não conviveu, ao passo que empreende um autorretrato apoiado em nuances autobiográficas. A montagem neste caso é a criadora e orquestradora desse movimento, a partir de arquivos domésticos.