Estereótipos e representatividade: reflexões sobre a construção da identidade da mulher negra e a fotografia publicitária brasileira
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2020v16n4.51642Palavras-chave:
Mulher negra, Publicidade, Fotografia publicitária, Empoderamento, Representatividade.Resumo
No mundo contemporâneo, sobretudo com a expansão das telas, no cenário de convergência, as ações publicitárias exercem influência na construção de identidades e sobre como as julgamos. Na publicidade brasileira, a diversidade de gênero e de raça são ainda radicalmente minimizadas e as mulheres fora do padrão estético eurocêntrico são minoria, discriminadas, sendo forçadas a negarem seus próprios traços de negritude e a adotarem uma imagem sem protagonismo, desempenhando um papel secundário, enquadradas no lugar de sexualizada ou na condição de trabalhadora menos favorecida. Tais concepções se encontram nas narrativas sócio brasileiras impostas por uma miscigenação forçada, estruturada segundo as teorias eugenistas instituídas no período colonial. Sendo assim, o presente trabalho busca refletir sobre o espaço da fotografia publicitária como canal de empoderamento da identidade da mulher negra em uma sociedade que, historicamente, ensina ao negro o auto boicote para ter aceitação.