O discurso sobre gênero em Revolução Laura: considerações sobre a escrita de si e estética da existência
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2020v16n08.54428Palavras-chave:
Manuela d’Ávila, Revolução Laura, Gênero, Escrita de si, Estética da existência.Resumo
Este artigo propõe analisar o discurso sobre gênero na autobiografia Revolução Laura: reflexões sobre maternidade e resistência (2019), de Manuela d’Ávila, de acordo com as noções sobre técnicas de si e estética da existência, a fim de compreender como a autora da obra se insere na ordem do discurso. Destaca-se na obra uma preocupação sobre o local da mulher nos espaços públicos, sobretudo, após a maternidade, como é caso da vida da autora, que revela as dificuldades de ser participante ativa na vida política quando se é mãe na ocupação de espaços, majoritariamente, dominados pelos homens. Para isso, como fundamentação teórica, utilizamos os estudos de texto e discurso sob a perspectiva de Orlandi (2013) e Foucault (2004); as noções de estética do sujeito e escrita de si, também na perspectiva foucaultiana, além de Phillipe Leujeune (2014) em relação ao gênero autobiográfico; e reflexões sobre gênero e maternidade, com base em Beauvoir (1970), Ribeiro (2019) e Badinter (1985).