A nacionalização do brega funk
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2020v16n08.54541Palavras-chave:
Música popular, Brega funk, Gêneros musicais, Redes sociotécnicas.Resumo
Este artigo aborda o processo de nacionalização do gênero musical brega funk, oriundo das periferias do Recife, até a sua consagração no ano de 2020, quando quatro das dez músicas mais tocadas nas plataformas de streaming musical eram filiadas ao gênero musical. Diante de um quadro midiático que apresenta o YouTube como plataforma de circulação de música e audiovisual e os influenciadores digitais como mediadores da construção de valores sobre músicas e artistas, percebe-se a formação de redes sociotécnicas que conectam gêneros musicais oriundos das periferias das grandes cidades brasileiras, intensificando a noção de Música Pop Periférica apresentada por Simone Pereira de Sá (2017). O brega funk seria, portanto, resultado de um processo de abertura dos gêneros musicais populares, a partir de ideais de modernização, cosmopolitismo e conexão intensificando o diálogo entre diferentes cenas musicais e refletindo sobre territorialidades da música pop brasileira e suas estéticas musicais.